4 agosto, 2025
segunda-feira, 4 agosto, 2025

Apesar de ter um programa específico, a fome continua sendo um problema na Bahia

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Imagem sobre a fome na Bahia

A fome na Bahia continua sendo um desafio crítico, mesmo com iniciativas voltadas para combatê-la, como o programa Bahia Sem Fome. Uma auditoria recente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) revela uma desconexão alarmante entre as promessas do governo e a realidade vivida por milhões. Embora o governo tenha investido em campanhas publicitárias glorificando o programa, os resultados fazem questão de mostrar falhas significativas que comprometem sua eficácia.

Um dado particularmente chocante é a má distribuição das ações: de 417 municípios baianos, impressionantes 90 sequer receberam uma única medida concreta. As localidades que mais necessitam de apoio, aquelas com maiores índices de vulnerabilidade social, foram as mais negligenciadas. Em média, cada uma dessas cidades recebeu menos de uma ação do programa, enquanto as regiões com melhores indicadores foram favorecidas com uma cobertura mais robusta. Isso não apenas demonstra a falta de um planejamento técnico adequado, mas também aponta para uma priorização da visibilidade em detrimento da necessidade real das populações.

O relatório também revela uma prática desleal: ações foram anunciadas como concluídas antes mesmo de serem realizadas. Um exemplo disso é a geração de uma falsa sensação de progresso na entrega de equipamentos para cozinhas comunitárias. Essa divulgação antecipada configura não apenas uma falta de controle, mas compromete a credibilidade da comunicação do governo, principalmente em um assunto tão delicado quanto a segurança alimentar.

Além dessas falhas na execução do programa, as condições dos espaços designados para armazenamento dos equipamentos são alarmantes. Auditores observaram instalações com cheiro insalubre e infraestrutura deteriorada, que colocam em risco a saúde pública. Essa realidade é ainda mais inaceitável quando se trata de políticas públicas destinadas a pessoas em situação de extrema vulnerabilidade.

Por último, a exclusividade de restaurantes populares em Salvador enquanto 17 outras cidades com mais de 100 mil habitantes permanecem desatendidas revela uma limitação estrutural incompreensível. Essa lacuna deixa milhares de cidadãos sem acesso à alimentação básica, evidenciando ainda mais a urgência de uma abordagem mais eficaz.

Diante dessa realidade, está claro que o governo da Bahia precisa urgentemente transformar o Bahia Sem Fome de um mero produto de marketing em uma política pública robusta, fundamentada em diagnósticos técnicos e ações transparentes. Combater a fome exige não apenas compromisso com resultados tangíveis, mas também um relacionamento sério com as necessidades da população. O que você acha que pode ser feito para reverter essa situação? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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