Em meio a intensas críticas de Donald Trump ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, as nações do G20 reforçaram, nesta sexta-feira (18), a importância da independência dos bancos centrais. O presidente americano, que não hesitou em chamar Powell de “cabeça de vento” e “idiota”, acusou-o de não agir na velocidade adequada na redução das taxas de juros. Recentemente, Trump insinuou até mesmo a demissão de Powell, alegando “fraude” na administração do banco central.
Após um encontro na África do Sul, os ministros do G20 emitiram uma declaração destacando que “os bancos centrais estão firmemente comprometidos em garantir a estabilidade de preços” e que continuarão ajustando suas políticas conforme os dados disponíveis. A mensagem foi clara: a independência das instituições financeiras é crucial para alcançar esses objetivos. Curiosamente, essa posição foi unânime, recebendo também a assinatura dos representantes dos Estados Unidos.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, ficou de fora das discussões, sendo substituído pelo subsecretário interino de Relações Internacionais, Michael Kaplan. Valdis Dombrovskis, comissário de Economia da União Europeia, enfatizou na conferência que os Estados Unidos permanecem comprometidos com a estrutura do G20 e com a mensagem conjunta, mesmo diante das turbulências políticas que marcam o cenário atual.
Composto por 19 países e duas organizações regionais, o G20 representa mais de 80% da economia global. O grupo se viu, mais uma vez, obrigado a se adaptar às mudanças de direção do membro mais influente, os EUA, sob a liderança de Trump. A declaração final sublinhou a crescente incerteza que assola a economia mundial, marcada por conflitos, tensões geopolíticas e desafios comerciais complexos.
O que você pensa sobre a independência dos bancos centrais em tempos de turbulência política? Participe da discussão nos comentários!