Após uma recepção majestosa no Castelo de Windsor, Donald Trump encontrou-se com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, para debater a relação comercial entre os Estados Unidos e o Reino Unido, além de crises internacionais como os conflitos na Ucrânia e em Gaza. O presidente americano, que se despediu do rei Charles III, a quem se referiu como um “grande rei”, seguiu para Chequers, a residência oficial do premiê, com uma agenda repleta de compromissos.
Ao contrário de seus antecessores, Trump decidiu não visitar Londres, onde, na véspera, cerca de 5.000 pessoas protestaram contra suas políticas migratórias e o apoio de seu governo a Israel. Apesar de suas diferenças ideológicas, Starmer buscou estabelecer um canal de diálogo entre o presidente e aliados europeus, especialmente em relação à guerra na Ucrânia, onde defendeu um apoio mais robusto a Kiev e pressão sobre a Rússia.
Além das questões políticas, a viagem de Trump teve um forte viés econômico, marcada pela participação de grandes líderes empresariais. Durante a reunião, eles assinaram um importante acordo de cooperação em áreas de alta tecnologia, como inteligência artificial e computação quântica. “Este acordo abrirá novas oportunidades de colaborações inovadoras”, declarou Trump, ressaltando o potencial transformador da IA.
Starmer, que se vê em uma situação delicada dentro de seu próprio partido, poderá aproveitar os mais de 150 bilhões de dólares em investimentos prometidos por gigantes como Microsoft e Google como um trunfo político. “O que prometi ao povo trabalhador foi emprego e crescimento – e isso é exatamente o que esta visita trará”, afirmou o primeiro-ministro. No entanto, a renegociação da tarifa de 25% sobre o aço, imposta por Trump, ainda apresenta desafios.
A recepção foi um espetáculo à parte. No Castelo de Windsor, Trump foi acolhido com honras reais, incluindo uma cerimônia militar e um banquete que contou com 160 convidados. O rei Charles III elogiou o empenho de Trump em buscar a paz em variados conflitos globais. Contudo, o brilho da visita foi ofuscado por protestos. Manifestantes projetaram imagens de Trump e do infame Jeffrey Epstein em uma torre do castelo, lembrando constantemente os laços polêmicos que o presidente possui.
A visita de Trump e da primeira-dama Melania, que permaneceu em Windsor durante a manhã, encerra-se com seu voo de volta a Washington, mas deixará ecos que ressoarão na política internacional e nas relações sociais do Reino Unido e Estados Unidos.
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