18 outubro, 2025
sábado, 18 outubro, 2025

Após reunião com Zelensky, Trump diz que guerra deve parar “onde está”

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17/10) que a guerra entre Rússia e Ucrânia deve terminar imediatamente, com ambos os lados “parando onde estão” e podendo reivindicar vitória. A declaração foi feita após um encontro com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca.

“Sangue suficiente já foi derramado, com os limites das propriedades sendo definidos pela guerra e pela coragem. Eles devem parar onde estão”, escreveu Trump na plataforma Truth Social. “Que ambos reivindiquem a vitória, que a história decida! Chega de tiroteios, chega de mortes, chega de gastos altíssimos e insustentáveis.”

O republicano descreveu o encontro com Zelensky como “muito interessante” e “cordial”, e disse ter transmitido ao líder ucraniano a mesma mensagem que havia passado ao presidente russo, Vladimir Putin, um dia antes, durante ligação de mais de 2 horas.

“O encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy foi muito interessante e cordial, mas eu disse a ele, como também sugeri veementemente ao presidente Putin, que é hora de parar com a matança e fechar um acordo! Já houve bastante derramamento de sangue […] Chega, voltem para casa com suas famílias em paz!”, escreveu Trump.

Reunião em Washington

A reunião entre Trump e Zelensky ocorreu um dia após o republicano conversar com Putin por telefone. O encontro, considerado crucial para o futuro do apoio norte-americano a Kiev e para a definição da política dos EUA em relação ao conflito no Leste Europeu, parece não ter chegado a uma conclusão clara.

Entre os temas tratados, está o possível envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk à Ucrânia — questão que divide o alto escalão da Casa Branca e é tratada como “extremamente sensível”. Durante coletiva antes do encontro, Trump afirmou acreditar que “a Rússia está pronta para resolver a situação” e que há “boa chance de concluir essa guerra”.

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Trump e Zelensky

Andrew Harnik/Getty Images

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Win McNamee/Getty Images

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Presidentes Donald Trump (EUA) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia)

Andrew Harnik/Getty Images

Pressões e negociações

Na conversa com Putin, o Kremlin relatou um diálogo “franco e produtivo”, com foco nas negociações de paz e em uma possível cúpula em Budapeste, na Hungria, nas próximas semanas. Moscou teria alertado Washington que o envio de mísseis à Ucrânia poderia “causar danos significativos” às relações bilaterais.

Trump, por sua vez, sinalizou que os EUA “também precisam dos Tomahawks” e que não pretende “esgotar os estoques estratégicos” do país. “Não é fácil transferir armas, precisamos delas também”, afirmou.

Em coletiva após o encontro, o ucraniano desconversou sobre o “ultimato” dos mísseis. “Trump não quer uma escalada. Concordamos em não comentar publicamente sobre a questão dos Tomahawks. Não comentarei sobre este tópico agora nem se alguma decisão foi tomada”, declarou.

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