Em meio a um cenário desafiador para o comércio internacional, o Brasil está de olho em novas oportunidades. Recentemente, o governo declarou sua intenção de aumentar as exportações para Belarus, país que se tornou parceiro do bloco do Brics. A informação foi compartilhada pelo embaixador Flavio Goldman, diretor do Departamento de Europa do Ministério das Relações Exteriores, durante a celebração do Dia da Independência de Belarus na embaixada em Brasília.
Goldman ressaltou o empenho brasileiro em manter sua posição como principal parceiro comercial de Belarus na América Latina. “Estamos determinados a ampliar nossas exportações, que ainda estão abaixo do nossopotencial. Mesmo diante da adversidade, acreditamos que há espaço para diversificar nossas relações econômicas”, afirmou. Essa visão de otimismo ecoa na fala do novo embaixador bielorrusso, Andrey Andreyev, que vê a crescente parceria entre Minsk e Brasília como um forte sinal de esperança para o futuro.
Andreyev também destacou a importância do alinhamento com o Brics, que não se limita a uma participação passiva. “Estamos aqui para contribuir com uma visão global mais justa e multipolar”, afirmou. Os números refletem essa relação em crescimento: enquanto as exportações do Brasil para Belarus atingiram US$ 5,6 milhões, as importações do país bielorrusso somaram US$ 47,1 milhões, resultando em um déficit comercial significativo de US$ 41,5 milhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Impactos da Tarifa de Trump
No cenário global, a relação entre Brasil e Estados Unidos se complica. Em 9 de julho, o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida considerada uma retaliação política. Esse movimento está ligado ao julgamento de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, que enfrenta sérias acusações de organização criminosa.
Enquanto Trump se posiciona como defensor de Bolsonaro, alegando que ele é alvo de uma “caça às bruxas”, a reação brasileira ainda está em avaliação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já adiantou que, se a tarifa entrar em vigor em 1º de agosto, o Brasil poderá responder com medidas semelhantes sobre produtos dos EUA, utilizando a Lei da Reciprocidade Econômica.
Esse contexto ressalta a necessidade de o Brasil explorar novas parcerias, como a com Belarus, para diversificar suas relações econômicas e mitigar os impactos de tensões comerciais com potências globais. Como você vê esse movimento do Brasil? Compartilhe suas opiniões nos comentários!
