2 setembro, 2025
terça-feira, 2 setembro, 2025

Argentina ainda enfrentará desafios significativos em processo de reformar a economia, aponta OCDE

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Argentina em recuperação econômica

A Argentina está atravessando um ciclo de recuperação econômica, um momento que promete ser transformador, mas que ainda enfrenta desafios significativos. A Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que, para manter um crescimento sustentável, o país precisa implementar reformas profundas, conforme apontado em um relatório recente.

As previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) argentino são otimistas: espera-se um crescimento de 5,2% em 2025 e 4,3% em 2026, revertendo a contração de 1,3% prevista para 2024. Um dos fatores que impulsionam essa recuperação é a expectativa de uma desaceleração significativa da inflação ao consumidor, que deverá cair de alarmantes 219,9% em 2024 para 36,6% em 2025, e 14,9% em 2026, contanto que o país mantenha uma política monetária restritiva.

O relatório também aponta que a taxa de pobreza começou a diminuir no final de 2024, após atingir níveis alarmantes no início do ano anterior. Essa redução é atribuída tanto à diminuição da inflação quanto a programas sociais bem direcionados. No entanto, para garantir um acesso mais robusto aos mercados internacionais de capitais, a Argentina precisa melhorar sua posição fiscal e implementar medidas de desregulação.

Entre as recomendações da OCDE, destaca-se a necessidade de retirar subsídios e aumentar a eficiência no setor público. Além disso, a proposta de substituir impostos distorcidos por tributos mais justos, como os de renda e consumo, é essencial. A remoção de controles sobre o capital e a moeda, realizada em abril, também é vista como um passo positivo nesse processo. O superávit fiscal atingido em 2024, o primeiro desde 2010, que foi de 1,8% do PIB, signaliza progresso, embora as projeções indiquem uma queda futura para 1,6%.

Outra recomendação importante da OCDE é a redução das barreiras comerciais para bens e capitais intermediários, que pode aumentar a competitividade argentina. Relaxar as restrições ao investimento estrangeiro direto (IED) também é vital para melhorar os fluxos de capitais e a transferência de tecnologia. Com 20% das reservas globais de lítio, a Argentina tem uma oportunidade inestimável, mas para capturar essa vantagem é necessário investir em infraestrutura e reformas.

E você, o que acha das medidas que a Argentina está adotando para superar seus desafios econômicos? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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