O governo argentino acionou um alerta máximo nas fronteiras com o Brasil, em resposta a uma recente operação das forças de segurança contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que o objetivo é evitar a travessia de membros do grupo criminoso para o território argentino. “É essencial proteger nosso país da criminalidade que vem do Brasil”, declarou ela em coletiva na Casa Rosada.
As organizações Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital foram oficialmente consideradas grupos terroristas, a partir da declaração da ministra. Para reforçar a segurança, o ministro da Defesa, Luis Petri, anunciou que tropas da Força Armadas serão enviadas às fronteiras, aumentando a vigilância na região.
Bullrich detalhou que o alerta implica uma supervisão rigorosa sobre todos os brasileiros que entram na Argentina. “Nosso foco será triplo, observando com atenção os antecedentes penais, mas com o cuidado de não confundir turistas com potenciais ameaças”, informou. Ela também pediu um reforço nas operações nas zonas de fronteira, aplicando a teoria da “debandada”, onde os narcoterroristas se retiram para evitar o cerco das forças de segurança.
O cerco se concentrará na Tríplice Fronteira, entre Argentina, Brasil e Paraguai, além de outros pontos estratégicos. O Exército argentino será mobilizado na província de Misiones, com recursos como carros blindados e helicópteros destinados a vigilância e apoio logístico. “Proteger nossa população é prioridade, especialmente contra narcoterroristas armados até os dentes”, enfatizou Petri.
Patricia Bullrich também revelou que, no momento, há 39 brasileiros detidos na Argentina, a maioria ligada a grupos terroristas brasileiros. “Estamos mantendo um controle rígido sobre esses indivíduos, para evitar que ganhem poder como se vê em outros países”, salientou. A ministra destacou ainda as ligações diretas entre organizações criminosa e atividades terroristas, mencionando prisões no Brasil que revelaram um recrutamento ativo pelo Hezbollah.
Em sintonia com os Estados Unidos, o governo argentino declarou o Cartel dos Sóis e organizações equatorianas como terroristas. Esta categorização não apenas permite sanções financeiras, mas também uma colaboração mais estreita com outras nações na luta contra o narcoterrorismo.
Essa postura firme e proativa pode ser vista como um passo crucial para proteger a sociedade argentina e fortalecer as relações internacionais na luta contra o crime organizado. O que você pensa sobre essa abordagem do governo argentino? Deixe seu comentário e participe da discussão!