
A arrecadação federal com apostas esportivas e jogos de azar atingiu impressionantes R$ 3,03 bilhões entre janeiro e maio de 2025, um crescimento extraordinário de mais de 40.000% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram arrecadados apenas R$ 7 milhões. Esse aumento notável é fruto da nova cobrança de tributos sobre a Gross Gaming Revenue (GGR), ou seja, a receita bruta das operadoras de apostas, que é calculada pela diferença entre o total apostado e os prêmios pagos aos jogadores.
A regulamentação do setor, sancionada em janeiro de 2024, trouxe novas regras que deram origem a essa mudança. Desde outubro de 2024, as casas de apostas são obrigadas a obter autorização para operar legalmente no Brasil. Em maio de 2025, a arrecadação foi de R$ 814 milhões, refletindo um incremento de 23.096% em relação ao mesmo mês de 2024, quando a arrecadação foi de apenas R$ 4 milhões.
O desempenho do setor é tão expressivo que, em maio, a arrecadação com apostas superou a de setores tradicionais da economia, como educação (R$ 516 milhões), comércio varejista (R$ 507 milhões) e fabricação de máquinas e equipamentos (R$ 408 milhões). Claudemir Malaquias, auditor fiscal e chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, explica que a nova sistemática de arrecadação começou a mostrar resultados concretos em fevereiro, impactando os números subsequentes.
Embora o Congresso tenha rejeitado decretos que aumentavam o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), outras iniciativas do governo para expandir a arrecadação permanecem firmes. Uma delas é o aumento da alíquota sobre a GGR das apostas, que irá de 12% para 18% a partir de 1º de outubro. De acordo com o Ministério da Fazenda, essa medida provisória deve resultar em um impacto positivo de R$ 284,9 milhões em 2025, com expectativas de arrecadação de cerca de R$ 1,7 bilhão anualmente a partir de 2026.
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