25 outubro, 2025
sábado, 25 outubro, 2025

Às vésperas de encontro, Trump indica disposição para aliviar tarifas contra o Brasil

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Em um cenário diplomático em ebulição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a se encontrar com Donald Trump na Malásia, durante a esperada Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), neste domingo (26). Embora o encontro ainda não tenha sido oficialmente confirmado, Trump deixou transparecer sua disposição para revisar tarifas sobre produtos brasileiros, desde que as circunstâncias sejam favoráveis.

Esse encontro surge em meio a um clima de tensão causado por um tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. Lula, determinado a refutar a lógica por trás dessa decisão, argumenta que os EUA desfrutaram de um superávit de aproximadamente US$ 410 bilhões nas relações comerciais com o Brasil nos últimos 15 anos, algo que ele acredita deslegitima o imposto.

Além do tema tarifário, Lula planeja discutir a revogação de sanções que atingem autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal e funcionários envolvidos em políticas governamentais. A proposta do presidente é embasada em dados que demonstram que essas punições foram fundamentadas em premissas falhas.

Outro ponto a ser abordado provavelmente envolve as políticas contra o narcotráfico, um tema crítico para ambos os líderes. Lula tem criticado as táticas agressivas adotadas por Trump, que incluem ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico. Para Lula, é imperativo que o combate às drogas respeite a soberania dos países e se baseie em evidências concretas. Nos últimos meses, os dois presidentes têm buscado uma reaproximação, tendo trocado impressões por telefone e elogiado a boa química decorrente de um breve encontro durante a Assembleia da ONU.

Entretanto, as declarações recentes de Lula sobre o tráfico e a sua abordagem ao narcotráfico podem gerar complicações nas negociações. Ao afirmar que “traficantes são vítimas dos usuários também”, o presidente brasileiro questionou a estratégia de Trump, que tem se mostrado ofensiva e letal. Isso ecoou entre os opositores no Brasil, criando um clima mais tenso para a conversa, especialmente porque o governo americano tende a favorecer uma abordagem mais firme contra cartéis internacionais.

Para os diplomatas, gerenciar essa questão será fundamental para evitar que contamine as discussões sobre tarifas e acordos comerciais. Lula deixou claro que não há temas proibidos na mesa, e que o anseio é alcançar um resultado benéfico para ambos os países, enfatizando que o verdadeiro objetivo é o bem-estar do povo brasileiro e americano.

Se concretizada, esta será a primeira reunião oficial entre Lula e Trump na atual crise comercial. Que expectativa você tem para esse encontro? Compartilhe suas opiniões e insights nos comentários!

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