Em meio a debates culturais e gastronômicos, o tão falado “Acarajé do Amor” trouxe à tona a paixão e a tradição que envolvem essa iguaria baiana. Originário da viralização do famoso “Morango do Amor”, o quitute, que combina brigadeiro e morangos, foi apresentado pelo Acarajé da Irmã Jane, em Maceió. No entanto, essa fusão não foi recebida de braços abertos.
A Associação de Baianas de Acarajé (Abam), em Salvador, não hesitou em emitir uma nota de repúdio às modificações que desafiam a autenticidade da receita. Para a Abam, o acarajé é mais do que um prato; é um símbolo cultural, reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2005. A entidade enfatiza a preservação das tradições herdadas ao longo de gerações e rechaça inovações que, segundo elas, não têm propósito claro. “Não aceitamos qualquer tipo de alteração em nossa receita. Somos empreendedoras ancestrais, focadas na tradição deixada por nossos antepassados”, afirmou a associação.
Ingrid Carozo, de 36 anos, empreendedora por trás do “Acarajé do Amor”, defende sua criação, afirmando que a reação nas redes sociais é natural. “A gastronomia pode ir além da nossa imaginação. Eu entendo as críticas, mas essa receita foi criada para divulgação e para capturar a essência do momento”, declarou.
Esse episódio ilustra o desafio de equilibrar tradição e inovação na culinária, uma discussão que, sem dúvida, continuará a encantar e polarizar paladares. E você, o que acha dessas novas interpretações de clássicos? Compartilhe sua opinião!
