Na manhã desta terça-feira, 29 de julho, a Polícia Federal (PF), em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU), desencadeou uma operação voltada para investigar o desvio de verbas públicas vinculadas a emendas parlamentares, destinadas a promover eventos de esportes digitais.
Um dos principais alvos dessa operação é a Associação Moriá, que, nos últimos dois anos, recebeu impressionantes R$ 53 milhões de parlamentares do Distrito Federal. Sob a direção de um ex-cabo do Exército, um motorista e uma esteticista, a entidade recebeu quase R$ 46 milhões para implementar um programa voltado ao ensino de jogos como Free Fire, Valorant, League of Legends, Teamfight Tactics e eFootball a crianças e adolescentes. Esses repasses foram revelados pelo Metrópoles.
Denominada Korban, a operação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), abrangendo diversas localidades, incluindo Acre, Paraná, Goiás e o próprio Distrito Federal.
“As investigações visam esclarecer potenciais irregularidades na gestão de cerca de R$ 15 milhões em recursos federais, repassados à associação por meio de termos de fomento com o Ministério do Esporte. Esses fundos deveriam financiar jogos estudantis de esportes digitais entre 2023 e 2024”, explicou a PF.
Além das buscas, foram adotadas medidas para sequestro de bens, incluindo veículos e imóveis, bem como o bloqueio de contas bancárias de empresas sob investigação. A totalidade dos bens indisponíveis pode chegar a R$ 25 milhões.
O STF, em uma decisão contundente, suspendeu novos repasses de recursos federais à Associação Moriá e impediu qualquer transferência de valores para as empresas contratadas no âmbito dos termos de fomento analisados. A sociedade observa atentamente os desdobramentos dessa polêmica que envolve manuseio de recursos públicos e a prática desportiva.
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