
Imagine que, há bilhões de anos, no vasto espaço do Sistema Solar, uma gigantesca rocha cedeu à força das colisões e se fragmentou em várias partes. Assim, surgiram dois asteroides icônicos: Bennu e Ryugu. Recentemente, um estudo divulgado no periódico The Planetary Science Journal revelou que esses asteroides podem ter uma origem comum, resultando da mesma rocha “mãe”.
Pesquisas realizadas com dados espectrais do asteroide 142 Polana, coletados pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA, mostram semelhanças impressionantes com as amostras de Bennu e Ryugu trazidas à Terra. Essa descoberta levanta a possibilidade de que esses três corpos celestes compartilhem uma história molecular e espacial.
Bennu, com cerca de 500 metros de largura, foi estudado pela missão OSIRIS-REx, que coletou amostras em 2022 e as trouxe para nosso planeta em setembro de 2023. Ryugu, seu irmão mais velho de aproximadamente 900 metros, foi visitado pela sonda japonesa Hayabusa2 em 2019, retornando com materiais de suas superfícies em dezembro de 2020. Ambos, com seus formatos de pião, são considerados “asteroides potencialmente perigosos”, embora exterminem riscos para a Terra nos próximos cem anos.
A teoria mais aceita para a origem de Bennu e Ryugu sugere que eles são remanescentes da explosão de um asteroide gigante, que fragmentou-se no início da história do Sistema Solar. Polana, o maior remanescente desta colisão, possui mais de 55 km e está localizado entre Marte e Júpiter. A pesquisa indica que, apesar das pequenas variações em suas composições, é possível afirmar que os três asteroides provêm do mesmo corpo celeste. Anicia Arredondo, líder do estudo, destaca: “Eles são semelhantes o suficiente para afirmar que todos podem ter vindo de uma mesma rocha-mãe.”
As diferenças nas superfícies podem ser atribuídas à radiação solar variada que Bennu e Ryugu recebem por estarem mais próximos do Sol, enquanto Polana é subjetiva a impactos de micrometeoroides há mais tempo. Segundo Tracy Becker, coautora da pesquisa, “os efeitos da radiação e das colisões moldaram cada asteroide de forma única”.
Embora a possibilidade de colisões com asteroides ainda cause preocupação, especialmente no caso de Bennu, que pode ter uma pequena chance de colidir com a Terra em 2182, a pesquisa científica sobre estes corpos celestes nos oferece uma nova perspectiva sobre a formação do nosso Sistema Solar. Qual é a sua opinião sobre a origem dos asteroides? Comente abaixo e compartilhe suas impressões!