Ação gerou um incêndio de grandes proporções, que as equipes locais de bombeiros tiveram dificuldade em controlar; pelo menos 50 pessoas ficaram feridas
EFE/EPA/SERGEY KOZLOV
A estratégia russa de atacar infraestruturas críticas visa enfraquecer a resistência ucraniana e aumentar a pressão sobre o governo de Kiev
Na madrugada desta quarta-feria (15), um ataque aéreo russo atingiu a cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia, resultando em pelo menos 50 feridos e causando danos significativos ao principal hospital da região. O ataque gerou um incêndio de grandes proporções, que as equipes locais de bombeiros tiveram dificuldade em controlar. Este incidente é mais um capítulo na série de agressões que a Ucrânia tem enfrentado, intensificando a crise humanitária e a instabilidade na região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, usou suas redes sociais para denunciar que, nas últimas semanas, a Rússia tem direcionado ataques a redes de distribuição elétrica e produção de energia, forçando a população a racionar esses recursos essenciais.
A estratégia russa de atacar infraestruturas críticas visa enfraquecer a resistência ucraniana e aumentar a pressão sobre o governo de Kiev. Zelensky, em resposta, tem buscado apoio internacional para fortalecer a defesa do país. Em um apelo às nações ocidentais, Zelensky solicitou o aumento do envio de armamentos à Ucrânia. Um instituto em Kiel, na Alemanha, relatou uma redução de 43% no fornecimento de armas pelos países ocidentais à Ucrânia no último semestre, o que preocupa o governo ucraniano. Em busca de apoio contínuo, Zelensky planeja visitar os Estados Unidos para se encontrar com o presidente Donald Trump, visando assegurar o envio de mísseis Tomahawk, que possuem um alcance de mais de 2.500 km e poderiam influenciar significativamente o curso do conflito.
O Kremlin, por sua vez, alertou que o envio desses mísseis seria visto como uma declaração de guerra indireta dos Estados Unidos à Rússia. O conflito no Leste Europeu, que se aproxima de seu quarto ano, continua a ser uma preocupação internacional. Com a recente mediação dos Estados Unidos no Oriente Médio, há expectativas de que Trump possa buscar um desfecho diplomático para a guerra na Ucrânia.
Com informações de Luca Bassani
*Reportagem produzida com auxílio de IA