Após dois meses e meio de uma onda de ataques a ônibus que aterrorizou São Paulo, com mais de 600 incidentes registrados, a Prefeitura anunciou que a situação chegou ao fim. No entanto, a Polícia Civil continua investigando e não descarta nenhuma hipótese para entender o que motivou tamanha violência. Segundo a SPTrans, a quantidade de incidentes com depredação no transporte público já está de volta aos níveis normais, com uma média diária de 3,6 casos, semelhante ao período que antecedeu os ataques que começaram em 12 de junho.
Durante o pico da violência, em julho, a média diária subiu para alarmantes 12,9 casos. O impacto foi sentido em toda a metrópole, levando à intensificação da presença de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) dentro dos coletivos, uma estratégia que muitos acreditam ter contribuído para a redução dos ataques.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT), junto com a SPTrans, expressou repúdio aos atos de vandalismo e se comprometeu a fornecer todas as informações necessárias para ajudar as investigações. Mesmo que a maré de crimes tenha diminuído, o mistério persiste: a Polícia Civil ainda está à procura de responsáveis e busca respostas. O caso do servidor público Edson Aparecido Campolongo, preso por cometer 17 ataques, chamou atenção. Ele afirmou que seus atos visavam “consertar o Brasil”, embora houvesse um reconhecimento de que estava em um caminho errado.
As investigações revelam que a situação pode ser mais complexa do que aparenta. Além das ações individuais, a polícia considera a hipótese de disputas entre sindicatos e empresas de ônibus como uma possível motivação. Linhas de investigação que envolvem desafios na internet foram descartadas, mas a polícia continua comprometida em analisar cada pista.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que os esforços para identificar e prender os responsáveis pelos ataques permanecem em alta. A Operação Impacto, da Polícia Militar, também é uma estratégia em andamento para reforçar a segurança no transporte público. Com o sigilo das investigações mantido, os detalhes estão sendo cuidadosamente tratados para garantir a eficácia das apurações.
Agora, a pergunta que permanece no ar: o que motivou essa série de ataques? Enquanto a investigação avança, a sociedade pergunta: estamos realmente a salvo? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos discutir as possíveis causas e soluções para este problema que afeta a todos nós.