Recentemente, o escândalo na Secretaria da Fazenda de São Paulo ganhou novos contornos, quando se revelou que um dos auditores envolvidos, Marcelo de Almeida Gouveia, ocultava somas substanciais em um paraíso fiscal europeu. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) aponta que Gouveia, preso em operação que desbaratou um vasto esquema de corrupção, tinha investimentos em Guernsey, reconhecido como um refúgio financeiro para práticas ilícitas.
Gouveia é uma peça-chave em um esquema que, segundo as investigações, envolveu a manipulação de operações de transferências de crédito de ICMS. Ele supostamente auxiliava seu colega, Artur Gomes da Silva Neto, que seria o principal articulador do plano. Durante uma busca em seu endereço, foram encontrados indícios de que Gouveia também possuía criptomoedas em uma carteira autocustodiada, usadas frequentemente para lavagem de dinheiro.
O MPSP estima que Gouveia possua R$ 1,9 milhão em ativos, incluindo R$ 330 mil em dinheiro vivo e outros US$ 10 mil. No entanto, a verdadeira fortuna estaria nas criptomoedas, que ele se recusou a desbloquear durante a operação. A Promotoria argumenta que a posse desse tipo de ativo representa um risco de fuga e esvaziamento de bens, destacando a dificuldade de bloqueio judicial sem as chaves de acesso.
Além de Gouveia, Artur Gomes da Silva Neto também enfrenta graves acusações. Ele teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propina desde 2021, facilitando a aceleração de créditos de ICMS para várias empresas. Um aumento alarmante no patrimônio de sua mãe, Kimio Mizukami da Silva, que saltou de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões, sugere um padrão de enriquecimento ligado às atividades ilícitas da família.
Os promotores estão investigando ainda a procedência dos créditos vendidos por empresas como a Ultrafarma e a Fast Shop, questionando se os diretores dessas organizações estavam cientes da origem irregular das transações. O inquérito envolve também a empresa Smart Tax, que operou na aquisição de grandes quantidades de criptomoedas, avaliadas atualmente em cerca de R$ 200 milhões.
A investigação continua a descobrir detalhes desse esquema financeiro complexo, que evidencia um sistema preocupante dentro da administração pública. Você já havia ouvido falar sobre fraudes semelhantes? Compartilhe suas opiniões nos comentários e fique atento às próximas atualizações sobre esse caso intrigante.