23 outubro, 2025
quinta-feira, 23 outubro, 2025

Auditores do PCC: entenda engrenagem que controla operações do tráfico

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No intrincado mundo do tráfico de drogas, uma recente investigação da Polícia Civil de São Paulo revelou um esquema sofisticado e bem estruturado operado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Nesse contexto, a figura dos “auditores” emergiu como essenciais na gestão dos pontos de venda, revelando uma organização que se assemelha a uma empresa, completa com gestão de recursos e controle financeiro.

O delegado Guilherme Leonel, da 8ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), destacou a complexidade dessa estrutura. Os auditores são responsáveis por coordenar as chamadas “biqueiras”, gerenciando funções, dividindo territórios e garantindo que a operação funcione com precisão. Eles também monitoram a movimentação de produtos e realizam balanços, assegurando que o estoque seja sempre reabastecido quando necessário.

Esses auditores não são meros operadores; eles também exercem funções administrativas vitais, como a “contratação” de novos membros e a supervisão do cumprimento das regras da facção. Equipados com celulares que os conectam a diversos grupos de WhatsApp, controlam uma vasta rede de vendas, sendo que um deles possuía 84 grupos distintos, cada um representando um ponto de venda específico em São Paulo.

Os números surpreendem: as biqueiras lucros de até R$ 700 mil em apenas uma semana, gerando em média R$ 2,8 milhões mensais. Com uma operação financeira tão robusta, câmeras de segurança foram instaladas nas lojas para monitorar em tempo real as atividades, refletindo a crescente complexidade do tráfico.

Em resposta a essa situação, a Operação Auditoria foi lançada. Na ação, 17 dos 38 mandados de prisão preventiva foram cumpridos, além de 110 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo Guarulhos e Mogi das Cruzes. O resultado foi contundente: apreensões de drogas, dinheiro, celulares e documentos que detalham a contabilidade do tráfico.

Enquanto 21 suspeitos permanecem foragidos, os agentes da operação não apenas desmantelaram pontos de venda, mas também expuseram a intricada rede de gestão que o PCC mantém. A luta contra o tráfico é, sem dúvida, uma corrida contra o tempo e a organização, e os desdobramentos dessa investigação prometem revelar ainda mais sobre a dinâmica do crime em São Paulo.

E você, o que pensa sobre a eficácia das operações policiais na erradicação do tráfico? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão crucial.

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