O número de mortos após o desabamento de uma escola na Indonésia subiu para 40, segundo informações divulgadas pela mídia local neste domingo (5/10). O colapso, ocorrido na última segunda-feira (29/9) na sala de oração do Internato Islâmico Al Khoziny, no distrito de Buduran, deixou ainda 104 sobreviventes e dezenas de feridos.
As equipes de busca e resgate seguem em operação no local, onde as condições de trabalho são consideradas extremamente difíceis. O avanço das escavações é prejudicado pelos escombros de concreto e estruturas de aço, que precisam ser cortadas manualmente para evitar riscos adicionais aos socorristas.
“Removemos os destroços um por um, cortamos a estrutura de aço e depois evacuamos os corpos”, relatou Emi Freezer, da Agência Nacional de Busca e Resgate.
Novas equipes e equipamentos pesados foram mobilizados durante este domingo, embora o uso de guindastes tenha sido temporariamente interrompido para permitir cortes de metal e içamento manual de partes da estrutura.
Processo de identificação das vítimas
Todos os corpos recuperados foram encaminhados ao Hospital Bhayangkara da Polícia Regional de Java Oriental, onde a equipe de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI, na sigla em inglês) realiza o processo de identificação. Até a noite desse sábado (4/10), 17 corpos haviam sido levados ao hospital.
Três das vítimas tinham entre 13 e 16 anos, e já foram formalmente identificadas: Firman Nur, Muhammad Azka Ibadur Rahman e Daul Milal, todos alunos do internato. As identificações foram confirmadas por meio de registros médicos, dentários e impressões digitais.
“O processo de identificação está sendo acelerado, atendendo às expectativas das famílias. Nossas condolências pela tremenda perda sofrida pelos estudantes e seus familiares”, declarou o comissário sênior M. Khusnan Marzuki, chefe da Divisão Médica da Polícia Regional de Java Oriental.
A tragédia mobilizou forças de diferentes regiões da Indonésia, incluindo as agências de resgate, com0 a Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB) e organizações voluntárias.
Segundo as investigações preliminares, o colapso ocorreu após falhas estruturais nas fundações do prédio, que não suportaram obras em andamento nos andares superiores. A maioria das vítimas era de estudantes com idades entre 13 e 19 anos.
As buscas devem continuar até que todas as vítimas sejam localizadas e identificadas, segundo as autoridades locais.