Em meio a um oceano de intrigas e investigações, os jatinhos que supostamente pertencem a Antônio Rueda, presidente do União Brasil, revelam um valor monumental de R$ 60,4 milhões, conforme documentos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Mas o que está por trás dessa impressionante soma?
A história se entrelaça com a Operação Carbono Oculto, em que a Polícia Federal investiga a infiltração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores de combustíveis e financeiros. A conexão de Rueda com essas investigações não é meramente circunstancial: ela ocorre dentro da Operação Tank, um esforço investigativo que agora se expande em Brasília.
Os registros da ANAC traçam um tour surpreendente por quatro aeronaves atribuídas a Rueda. Duas delas estão ligadas ao contador Bruno Ferreira Vicente de Queiroz, 37 anos, natural de Fortaleza e atualmente em São Paulo. O Cessna 560 XL e o Gulfstream PS-MRL, registrados cada um por cifras que beiram os R$ 12,5 milhões e R$ 21,2 milhões, são apenas a ponta do iceberg.
Curiosamente, o Cessna foi transferido para a Magic Aviation, uma empresa cuja presidência pertence ao próprio Queiroz. Um homem que não é apenas presidente de uma única empresa, mas figura em cerca de 15 registros na Receita Federal e mantém laços com empresários de mineração que já enfrentaram investigações da Polícia Federal.
Além disso, as aeronaves compartilham um inusitado padrão: todas operadas pela Transportes Aéreos Piracicaba (TAP), uma empresa que também foi associada a Roberto Augusto Leme, conhecido como Beto Louco, um nome que ecoa nas investigações da Carbono Oculto por seu suposto envolvimento com o PCC.
Rueda, no entanto, se defende com vehementes negações, alegando que as referências a seu nome estão inseridas em um “contexto absolutamente infundado”. Prometendo proteger sua reputação, ele se vê no centro de um enredo que combina política, crimes e poder financeiro.
O piloto Mauro Caputti Mattosinho também entrou em cena, mencionando que Rueda era visto como líder de um grupo poderoso que fazia investimentos significativos em aeronaves. O depoimento de Mattosinho é a primeira menção direta ao nome de Rueda nas investigações, mas a PF está atenta, não descartando a possibilidade de abrir novos inquéritos se surgirem provas adicionais.
As quatro aeronaves em questão, com suas histórias próprias, estão agora ligadas a uma teia de pessoas influentes e potencialmente comprometedores. Cada uma, da Raytheon R390 ao Gulfstream G200, carrega um capítulo de intrigas que podem mudar o rumo político e financeiro do Brasil.
E agora, enquanto as peças desse quebra-cabeça continuam a se encaixar, como será o desfecho dessa história? O que você acha das revelações até agora? Sua opinião é importante—conte-nos nos comentários!