A coragem nasce dos braços

Confira a Crônica da Muito deste domingo, 2 – Foto: Ag. A TARDE

Às vezes, um leve pressentimento ou uma comichão na palma da mão revela mais do que imaginamos. A pergunta que ecoa é: alguém está falando de você? Esses sinais podem ser pequenos lembretes de que a razão nem sempre é nossa melhor guia. Já vi pessoas brilhantes cometendo erros por subestimar a sensibilidade e a intuição.

Quanto mais soberba a pessoa, maior a queda. O ideal seria contar com uma sabedoria emocional. Mas onde reside essa sabedoria dentro de nós? Uma pista pode estar no estômago, órgão que, segundo dizem, conquista corações. Porém, o abdômen parece abarcar apenas um tipo de amor: o que se acumula com o tempo.

O coração, por sua vez, é um músculo sobrecarregado e, muitas vezes, banalizado, como aqueles presentes de Dia dos Namorados que não têm valor real. Posso até imaginar o coração de mãe, com sua aura nobre, ao lado de memórias eternas, mas e os corações impessoais que encontramos em anúncios e campanhas? O verdadeiro valor do coração, no entanto, é o que exigimos dos outros enquanto escondemos o nosso.

E se fôssemos buscar sabedoria no fígado? Ele é a sede da raiva e do estresse, e sua capacidade de regeneração é admirável. Assim, aprendemos a conviver com os percalços da vida, renovando nossas forças a cada dificuldade.

Os olhos, considerados as janelas da alma, também enganam. Existem almas que não enxergam e corações que fazem vista grossa. No final das contas, as melhores intenções parecem surgir dos braços. A coragem e a ação estão nas mãos que lavam, cozinham, curam e cuidam.

Um braço pode ser a extensão da vontade e a força necessária para seguir em frente. Mesmo aqueles que enfrentam limitações físicas podem encontrar novos braços nas vontades e na solidariedade. Celebramos, então, as mãos que marcam a história e moldam o futuro.

No final, lembre-se: ao oferecer ajuda, é o braço que conta. E você, onde costuma encontrar as emoções que guiam a sua vida? Compartilhe suas experiências nos comentários!