20 agosto, 2025
quarta-feira, 20 agosto, 2025

Alta dos juros exige cautela na hora de comprar carro

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Imagem ilustrativa da imagem Alta dos juros exige cautela na hora de comprar carro

A alta da Taxa Selic, que agora atinge 15% ao ano, traz desafios significativos para quem deseja adquirir um carro. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual, a sétima elevação consecutiva e o maior nível desde 2006. Esse cenário impacta diretamente o financiamento de veículos, resultando em parcelas mais elevadas e dificultando o acesso ao crédito.

Neste momento, a compra impulsiva é um risco considerável. É crucial ter um plano financeiro bem estruturado antes de decidir por um carro financiado. Especialistas alertam que pessoas com renda a partir de quatro salários mínimos podem planejar essa aquisição. Já para quem ganha menos, a recomendação é cautela, evitando comprometer o orçamento com custos que podem ser altos.

O economista Edval Landulfo ressalta que os juros no Brasil são alarmantes e, embora a Selic sirva de referência, as instituições financeiras têm liberdade para aplicar taxas maiores baseadas em suas necessidades. Isso resulta em financiamentos que podem custar o dobro ou até o triplo do valor original do veículo. Portanto, é vital fazer as contas antes de finalizar a compra e considerar outras opções, como o consórcio, que, apesar de juros mais baixos, não garante posse imediata.

A melhor estratégia, sempre que possível, é comprar à vista. Isso pode garantir descontos e evitar custos adicionais, como os de IPVA e emplacamento. Landulfo também adverte que dar um carro como entrada pode não ser vantajoso, uma vez que pode levar a uma avaliação inferior ao esperado, resultando em perdas financeiras.

Quem possui dinheiro em mãos deve ponderar se a compra à vista é realmente a melhor decisão ou se investir essa quantia pode gerar retornos que superem os custos do financiamento. Essa análise pode permitir uma compra mais segura e financeiramente viável, evitando a pressão de um pagamento integral de uma só vez.

O cenário atual indica que o consórcio pode não ser tão compensador devido a altas taxas administrativas e o preço elevado dos veículos, que torna as parcelas mais pesadas. A opção de utilizar o cartão de crédito, que pode oferecer condições melhores que os financiamentos tradicionais, também vem ganhando força, adaptando-se às necessidades dos consumidores.

A economista Laura Lavigne destaca que a parcela do financiamento não deve exceder 10% da renda mensal. Além disso, é essencial incluir na planilha todos os custos adicionais, como IPVA, seguro e manutenção, que transformam o carro em uma despesa significativa, especialmente em um momento de juros altos.

Camila Ataides, contadora que comprou um Chevrolet Onix Plus 2020 por R$ 80 mil, exemplifica como fazer uma compra consciente. Após dar uma entrada considerável, ela financiou R$ 35 mil em 48 parcelas a uma taxa de 1,3% ao mês. Sua experiência revela que um planejamento cuidadoso pode não comprometer o orçamento e ainda permitir manter investimentos em dia.

A dica de Camila para quem está pensando em financiar um carro é clara: “Certifique-se de que a parcela realmente cabe no seu bolso e, se possível, faça uma entrada maior para reduzir a taxa de juros. Comprar de uma concessionária de confiança também é fundamental.”

E você, já pensou em como os altos juros impactam sua decisão de compra? Compartilhe suas experiências e reflexões nos comentários!

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