As cidades e seu relacionamento com as mulheres é um tema que merece atenção, especialmente em um contexto onde a falta de políticas públicas eficazes se torna um entrave significativo. A pesquisa “Piores cidades para ser mulher”, elaborada pela companhia “Tewá 225”, revela a complexidade dessa análise, mostrando que, embora haja carências estruturais, Salvador se destaca positivamente nesse cenário.
Surpreendentemente, a capital baiana alcançou o terceiro lugar no ranking nacional, que avalia a igualdade de gênero nas cidades. Este resultado desafia a ideia de que as melhores condições estão restritas às regiões Sul e Sudeste. Quatro cidades fora desse eixo, como Goiânia, Campo Grande e Fortaleza, também surgem como destaques, provando que preconceitos geográficos não podem ser generalizados.
A evolução social desde a época de personagens como o coronel Jesuíno, interpretado pelo falecido José Wilker, é notável. Hoje, as mulheres não estão mais relegadas ao silêncio e à submissão, mas ainda enfrentam desafios constantes. O aumento das agressões, mesmo com o endurecimento das leis, revela uma realidade preocupante e exige um investimento em pesquisa para que soluções efetivas possam ser implementadas rapidamente.
O que realmente importa é que apesar do avanço legislativo, incluindo punições mais rigorosas, as estatísticas de violência não mostram sinais de recuo. O aumento no número de feminicídios, agressões domésticas e violência sexual sugere que as autoridades precisam agir de forma mais efetiva, e não apenas em resposta a essas ocorrências. Se a lei fosse efetivamente aplicada, talvez pudessem ser obtidas mudanças significativas neste quadro alarmante.
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