No complexo cenário das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, a manga baiana enfrenta um desafio significativo. Com uma sobretaxa de 50% ainda em vigor, a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) aguarda, com expectativa, um novo recuo do presidente Donald Trump. Recentemente, em anúncio feito no dia 30, Trump divulgou uma lista de produtos brasileiros que estarão isentos dessa imposição, adiando o início da tarifa para 6 de agosto.
A manga, oriunda da região de Juazeiro, no Sertão do São Francisco, é um dos pilares das exportações frutais brasileiras, especialmente com os Estados Unidos sendo o principal mercado comprador, absorvendo cerca de 30% da produção. A Abrafrutas se comprometeu a monitorar atentamente as negociações entre os dois governos, sempre na esperança de estabelecer um acordo que mantenha o mercado americano acessível para as frutas brasileiras. Em sua nota oficial, a associação reafirma seu papel em apoiar os produtores na conexão com importadores americanos e o governo brasileiro, buscando soluções para minimizar possíveis prejuízos.
Os números de produção de 2023 são impressionantes, com a Bahia alcançando 704,2 mil toneladas de manga, resultando em um faturamento significativo de R$ 1,6 bilhão, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos do Estado. Desse montante, R$ 860 milhões são direcionados à exportação, evidenciando a importância dos mercados externos. Além dos EUA, os principais destinos incluem a Holanda (39%), Espanha (13%), Reino Unido (5%) e vários outros países que também reconhecem a qualidade da manga baiana.
Com aproximadamente 32,4 mil hectares de plantação, que equivale a cerca de 32,4 mil campos de futebol, a produção de manga se espalha por diversas fazendas em Juazeiro, Casa Nova, Sento Sé e Curaçá. Este cenário ressalta a relevância do cultivo para a economia local e nacional.
Agora, o que você acha que deveria ser feito para garantir a proteção da manga baiana nesse contexto desafiador? Compartilhe sua opinião nos comentários e vamos discutir soluções juntos!