Na recente feira Flipelô, que acolheu a literatura infantil com entusiasmo, diversas autoras se reuniram para discutir o papel transformador dos livros na vida das crianças e adolescentes. O evento, ocorrido na área infantil Mabel Velloso, proporcionou um ambiente rico para o diálogo e a troca de experiências sobre a importância da leitura.
Carla Chastinet, uma escritora que também é palhaça e bióloga, compartilhou sua trajetória, revelando que começou a escrever aos 50 anos. Hoje, dedica sua vida a criar histórias que encantam pequenos leitores. Com bom humor, ela comentou: “Eu escrevo para crianças de 0 a 120 anos. Após os 120, quem ainda se interessa pela literatura infantil?”
Para Carla, eventos como a Flipelô desempenham um papel essencial ao convidar o público a explorar o universo dos livros, dissipando receios e abrindo espaço para a curiosidade. “Essas feiras literárias são fantásticas. Mesmo que as pessoas não comprem, já se sentem mais perto da literatura, já conversam e despertam o interesse”, disse.
Rita Queiroz, com cinco obras expostas na Flipelô, observou uma mudança encorajadora. Ela nota que as crianças estão se distanciando das telas e se reencontrando com a leitura, explorando livros de forma mais lúdica e interativa. “Estamos presenciando um movimento que traz as crianças de volta ao prazer de manusear livros, desenhar e pintar”, destacou.
A escritora e nutricionista Fernanda Serrano, por sua vez, enfatiza a importância dos livros para incentivar hábitos saudáveis nas crianças. Em sua visão, “A maneira mais genuína de se conectar com elas é através de uma boa literatura infantil.” Durante a conversa, ressaltou também a relevância de resgatar brincadeiras tradicionais como uma forma de afastar os pequenos do sedentarismo digital.
Ao final, ela sugeriu que experiências cotidianas em família são fundamentais para cultivar um cotidiano rico e saudável. “Participar das brincadeiras de antigamente é um excelente começo. Essa vivência familiar é crucial”, concluiu.
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