7 agosto, 2025
quinta-feira, 7 agosto, 2025

Bahia registra aumento de HIV no público entre 10 e 19 anos e gera alerta

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Mais testes rápidos de HIV podem explicar aumento de casos

Na Bahia, um alarmante aumento de 17% nos casos de HIV entre jovens de 10 a 19 anos foi registrado entre 2023 e 2024, passando de 160 para 187 casos. Esse crescimento, conforme a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), reflete não apenas um aumento na detecção, mas também uma mudança de comportamento entre uma geração que não vivenciou o pânico da AIDS nas décadas passadas. Especialistas alertam que essa desinformação pode levar a uma atitude menos cuidadosa em relação à prevenção.

Eleuzina Falcão, coordenadora da área de doenças transmissíveis da Sesab, destaca que a ampliação do acesso a testes rápidos foi crucial para o aumento nos diagnósticos. “Com a detecção precoce, conseguimos iniciar tratamentos eficazes que garantem melhor qualidade de vida”, explica. Essa abordagem não é apenas uma resposta aos novos casos, mas também uma estratégia para reduzir a taxa de AIDS mediante um tratamento mais rápido.

Um projeto notável é o PrEPara Salvador, que oferece profilaxia pré-exposição (PrEP) para jovens LGBTQIAPN+ de 15 a 19 anos. Nos últimos meses, 20 jovens foram diagnosticados com HIV na capital baiana. Comparado a outros locais como São Paulo e Belo Horizonte, onde até dois casos foram registrados, a situação em Salvador evidencia a urgência de ações focadas na juventude.

Laio Magno, pesquisador da Fiocruz e um dos coordenadores do projeto, ressalta que o aumento de casos é mais significativo entre homens cis que fazem sexo com outros homens, mas que não se identificam como gays. “A vulnerabilidade desse grupo demanda soluções efetivas, e a PrEP, disponível pelo SUS, precisa ser mais acessada”, comenta.

Jonathan Xavier, autônomo e membro do Conselho Municipal LGBT+ de Salvador, é defensor da PrEP. Ele compartilha sua experiência: “Usar PrEP, além do preservativo, é uma camada extra de segurança. Sinto-me mais protegido e incentivo meus amigos a buscarem esse recurso importante.” Essa visão é ecoada por Eleuzina, que reafirma a necessidade de uma abordagem personalizada na prevenção ao HIV e outras ISTs, garantindo que todos tenham acesso às opções que melhor se adaptam a seus contextos.

Nas Unidades Básicas de Saúde, os atendimentos têm se expandido, especialmente nas unidades do Instituto Couto Maia (ICOM), especializado em doenças infectocontagiosas. Helena Lima, da Secretaria Municipal de Saúde, enfatiza a importância dos acompanhamentos contínuos: “O tratamento regular não só beneficia o paciente, como também ajuda a impedir novas infecções, especialmente de mães para filhos durante a gestação.”

Com informações cruciais para a saúde da juventude, o combate ao HIV requer uma mobilização coletiva. O conhecimento é a primeira linha de defesa. Compartilhe essas informações e incentive os jovens ao seu redor a se manterem informados e saudáveis. Qual a sua opinião sobre essa situação? Compartilhe nos comentários!

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