28 setembro, 2025
domingo, 28 setembro, 2025

Barroso revela “dor no coração” ao votar pela prisão de Lula

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POLÍTICA

Presidente do STF comenta sobre condenação

Cássio Moreira

Luís Roberto Barroso votou por prisão de Lula em 20219

Luís Roberto Barroso votou por prisão de Lula em 20219 –

O presidente Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, admitiu ter votado pela prisão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então ex-presidente da República, com “dor no coração”, em 2018. O petista, hoje novamente no Planalto, havia sido condenado no âmbito da operação Lava-Jato.

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Barroso afirmou, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, que seu voto seguiu o entendimento do STF de que as prisões poderiam ser executadas após a condenação na segunda instância, o que já havia ocorrido com Lula na época. O ministro do STF ressaltou que, embora tenha uma relação de afinidade com o petista, sua decisão precisava seguir a jurisprudência, não o trato pessoal.

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“Em um momento muito anterior [à prisão de Lula], em que a Lava Jato desfrutava de muito prestígio como um enfrentamento legítimo e importante à corrupção, vigorava o entendimento de que só era possível executar decisões [de prisão] depois do trânsito em julgado do processo. Demorava tanto que frequentemente elas prescreviam”, iniciou Barroso.

Apliquei ao presidente Lula, com dor no coração, a jurisprudência que eu tinha ajudado a criar

“Vamos supor que eu tivesse votado no presidente Lula, que eu gostasse do presidente Lula. Eu sou um juiz. Eu deveria mudar a jurisprudência por querer bem ao réu? A vida de um juiz que procura exercer seu ofício com integridade e sem partidarismo exige decisões que são pessoalmente difíceis […] Apliquei ao presidente Lula, com dor no coração, a jurisprudência que eu tinha ajudado a criar”, explicou o ministro do STF, que deixará a presidência da Corte na próxima segunda-feira, 29.

Barroso e a anistia

Barroso ainda afirmou considerar ‘recente’ a aprovação de uma anistia para os envolvidos na tentativa de golpe de Estado que culminou no 8 de Janeiro. O magistrado pontuou que, a depender do modelo aprovado pelo Congresso, o STF pode derrubar a decisão.

“Uma eventual anistia pode, portanto, ser derrubada pelo Supremo. Depende de como ela venha e de quando ela venha. Neste momento, discutir anistia me parece inaceitável”, explicou.

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