
A atenção do Brasil se volta para o Supremo Tribunal Federal (STF), que, nesta terça-feira, 2, inicia o julgamento do que é considerado o ‘núcleo 1’ da trama golpista vinculado ao período pós-eleitoral de 2022. Com ex-ministros do governo Jair Bolsonaro no centro do debate, a pressão aumenta enquanto figuras públicas se posicionam nas redes sociais em apoio ao ex-presidente, desafiando as decisões do Judiciário.
Damares Alves, senadora e ex-ministra dos Direitos Humanos, usou seu Instagram para expressar apoio incondicional a Bolsonaro. Em sua visita, no dia anterior ao julgamento, a política fez uma oração na casa do ex-presidente, ressaltando sua solidariedade: “Estamos com você”, declarou, acompanhada por um banner destacando sua visita.
Enquanto Damares concentrou suas energias em apoio, Onyx Lorenzoni, ex-ministro da Previdência, criticou abertamente o STF, alegando que a corte havia estabelecido um “julgamento de exceção” com a intenção de desmerecer Bolsonaro, a quem chamou de “maior líder político da América Latina”. Com a inelegibilidade do ex-presidente desde 2023, Lorenzoni enfatizou as intenções políticas por trás do processo judicial.
“Um Julgamento de exceção montado com um único objetivo: humilhar, prender e tirar das eleições o maior líder político da América Latina”, afirmou Lorenzoni.
Outros como o deputado Mario Frias e o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Marcos Pontes corroboraram a crítica, sugerindo um clima pré-determinado de condenação no julgamento. Frias alertou que o desfecho já estava decidido antes mesmo do processo iniciar, enquanto Pontes classificou o dia como um “atentado ao Estado Democrático de Direito”.
“Hoje começa um julgamento já escrito, com sentença pronta… Um inocente no banco dos réus e um sistema podre tentando calar a verdade”, acrescentou Frias.
A reação de outros ex-ministros foi mais contida. Nomes como Ciro Nogueira, ex-chefe da Casa Civil, e João Roma, ex-ministro da Cidadania, optaram pelo silêncio nas redes sociais, sem comentar o julgamento que envolve figuras proeminentes do governo Bolsonaro.
O julgamento indicado pelo STF não é apenas um marco político, mas um reflexo de tensões que permeiam o Brasil. Os acusados enfrentam uma série de crimes, incluindo golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. O clima de intensidade e polarização é palpável à medida que as partes envolvidas aguardam os desdobramentos nas próximas semanas.
Crimes envolvidos no julgamento:
- Golpe de Estado
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Organização criminosa armada
- Dano qualificado contra o patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
O que você pensa sobre esse cenário? Deixe seu comentário e compartilhe suas impressões sobre este importante julgamento que pode moldar o futuro político do país.