A história da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) agora ganha contornos dramáticos. O processo de cassação de seu mandato está prestes a ser colocado em pauta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, com votação prevista para agosto, conforme declarou o presidente do colegiado, Paulo Azi (União Brasil).
Zambelli foi presa em um apartamento em Roma nesta terça-feira, 29, onde estava foragida desde maio. A condenação por 10 anos de prisão foi imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação em uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com a decisão já proferida, não há mais espaço para recursos.
Após a comunicação da condenação ao colegiado, o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) se encarregará de conduzir a análise. Azi afirmou que, dependendo das decisões tomadas por Garcia, o desfecho do caso pode ocorrer ainda em agosto. Caso sejam solicitados depoimentos, o processo poderá se estender até setembro, mas se não houver necessidade de oitivas, o fim será decretado em breve.
A prisão de Carla Zambelli, conforme sua defesa, se deu por sua entrega voluntária às autoridades italianas. No entanto, essa versão esbarra na declaração da Polícia Federal, que relatou uma ação conjunta com a Interpol e autoridades locais para a captura da deputada. Zambelli, sob a orientação de seu advogado, Fabio Pagnozzi, alegou que procurou se entregar para evitar uma possível extradição e um julgamento que julga ser injusto.
Os detalhes da operação foram destacados pela Polícia Federal em uma nota oficial, ressaltando a coordenação internacional que levou à prisão de Zambelli. O desenrolar da história agora se aguarda ansiosamente, à medida que a CCJ se prepara para tomar decisões cruciais.
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