Ceni elogia “luta” do Bahia e rebate críticas do Palmeiras ao gramado

Rogério Ceni, técnico do Bahia – Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia

O Bahia reencontrou os caminhos do triunfo neste domingo, 28, ao vencer o Palmeiras por 1 a 0 na Arena Fonte Nova, em jogo válido pela rodada 25 do Campeonato Brasileiro. Diante do melhor visitante e um dos primeiros colocados da Série A, o Tricolor, de acordo com o técnico Rogério Ceni, foi muito competitivo.

Em entrevista coletiva, Ceni elogiou justamente essa competitividade do Bahia e apontou sobre detalhes importantes que o time teve atenção. Inclusive, o treinador destacou sobre o nível de concentração “até o final do jogo” da equipe.

“Hoje o time competiu bastante, eu acho que lutou. Para ganhar do Palmeiras hoje em dia, só se for muito competitivo, porque eles não desistem do jogo nunca. Até o último minuto eles estão tentando de qualquer jeito. Jogo físico, jogo aéreo. Então, nesse sentido, acho que a gente competiu e no campo com bola no chão nós também jogamos mais do que o Palmeiras. Não desistir até o final, se sustentar em bolas aéreas, muitas faltas que foram arrumadas ali perto da área, o time soube se defender bem, soube se sustentar bem”, analisou.

“Hoje tivemos concentração até o final do jogo, por isso conseguimos essa vitória importante para dar sequência no campeonato”, destacou Ceni.

Segundo Rogério Ceni, o Bahia já tinha apresentado uma atuação tão boa quanto a deste domingo diante do Cruzeiro, partida anterior na Fonte Nova, mas saiu derrotado por 2 a 1. O comandante entende que muitas análises acabam sendo “feitas em cima do resultado” e não do desempenho coletivo em si.

“Eu trabalho dentro das possibilidades de tempo e treinamento, mais a parte mental, sempre tentando dar força para eles. Eu acho que o jogo do Cruzeiro, por exemplo, a gente jogou tão bem quanto hoje, até o minuto 75, quando nos perdemos um pouco em campo. E tem jogos que nós jogamos mal, como foi contra o Fluminense, que nós jogamos contra o Mirassol, acho que muito pelo cansaço naquele dia. Tem jogos que a gente não conseguiu render. Hoje nós rendemos como muitos outros, mas hoje nós ganhamos. Então, é natural que as pessoas enxerguem, olhem de maneira diferente”, opinou.

Eu sempre falo que as análises dos jogos são feitas em cima do resultado, não do que é jogado de maneira geral.

Ceni responde críticas ao gramado da Arena Fonte Nova

Assunto comentado desde antes da bola rolar, o gramado da Arena Fonte Nova apareceu com uma coloração diferente na partida. Houve críticas por parte do técnico palmeirense, Abel Ferreira, além da diretoria paulista ter atribuído duas lesões para a condição do campo.

Ceni, no entanto, viu o Bahia muito mais prejudicado do que o Palmeiras. Conforme o técnico tricolor, o Verdão joga praticamente “só em ligação direta”, diferente de sua equipe que trabalha mais com bola no chão. O comandante do Esquadrão ainda rechaçou qualquer possibilidade das lesões terem ligação com o gramado.

“Acho que a cor estava muito feia, realmente. Para o Palmeiras, é melhor gramado ruim porque só fazem ligação direta, quase. A característica de jogo deles é Weverton – Flaco – Vitor Roque na frente. Para a gente prejudica mais, porque jogamos desde trás no chão. Também gostaríamos que o gramado estivesse em melhor condição, mas acho que atrapalhou muito mais para nós que para eles. Sobre lesão, me desculpa, mas para quem joga em gramado sintético reclamar de lesão em gramado natural, aí fica feio”, alfinetou.

Rogério Ceni rebateu as críticas para o gramado da Arena Fonte Nova | Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia

“E paro por aqui, vamos valorizar nossa vitória e não vamos esconder a derrota do adversário em cima de um campo que oferecia minimamente condição. Não é o ideal? Realmente, concordo. Mas, lesão muscular na conta do gramado aí já é demais“, completou Ceni.

Próximo compromisso

O Bahia volta a campo na próxima quarta-feira, 1º de outubro, às 21h30, quando visita o Botafogo no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. A partida é válida pela rodada 26 do Brasileirão Série A.