26 agosto, 2025
terça-feira, 26 agosto, 2025

Cerca de 187 pessoas foram estupradas por dia no Brasil em 2025

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Em um alarmante retrato da violência de gênero no Brasil, o Mapa Nacional da Violência de Gênero, divulgado nesta terça-feira, 26, revela que 718 feminicídios foram registrados apenas no primeiro semestre de 2025. Isso equivale a uma média de quatro mulheres assassinadas diariamente, simplesmente por serem mulheres. Este padrão trágico se perpetua no país há cinco anos, trazendo à tona a urgência da discussão sobre a violência que assola as mulheres brasileiras.

O relatório, elaborado pelo Observatório da Mulher Contra a Violência (OMV) do Senado Federal, também destaca os dados sobre estupros: 33.999 ocorrências foram reportadas nos primeiros seis meses de 2025, refletindo uma média chocante de 187 casos por dia. Mesmo com uma leve tendência de queda, os índices permanecem alarmantes e ressaltam a necessidade de ação imediata.

Desde 2015, ano em que o feminicídio foi tipificado no Código Penal, 12.380 mulheres perderam suas vidas em decorrência desses crimes de ódio. Analisando os números anuais, a estabilidade é preocupante:

  • 2024: 1.456 mortes
  • 2023: 1.440 mortes
  • 2022: 1.444 mortes
  • 2021: 1.356 mortes

O perfil das vítimas mostra que, de janeiro a junho deste ano, 57% das mulheres assassinadas estavam entre 30 e 59 anos, evidenciando um padrão que não pode ser ignorado.

Ao examinar os dados estaduais, a Bahia se destaca como o terceiro estado com mais casos de feminicídio no semestre, conforme os números a seguir:

  • São Paulo: 128
  • Minas Gerais: 60
  • Bahia: 52
  • Rio de Janeiro: 49
  • Pernambuco: 45
  • Tocantins: 43
  • Roraima: 33
  • Amapá: 8

No tocante aos estupros, 2024 registrou 75.061 ocorrências, uma média de 205 por dia. Nos últimos cinco anos, essa cifra se manteve acima dos 195 casos diários notificados, com as mulheres representando 85% das vítimas. Em junho de 2025, Rondônia liderou a taxa proporcional, com 16 casos por 100 mil habitantes, seguido por Amapá e Roraima.

Infelizmente, especialistas alertam que esses números não contam a verdadeira história. A maioria das vítimas de estupro não registra ocorrência, por medo, vergonha ou desconfiança nas instituições. Um estudo realizado pelo Instituto DataSenado em 2023 aponta que 61% dos casos de violência contra mulheres permanecem sem notificação. A região Centro-Oeste se destaca pela maior taxa de subnotificação, atingindo 65%.

Diante de tamanha realidade, é imperativo que cada um de nós se envolva nessa luta. Quebre o silêncio, compartilhe essas informações, e ajude a trazer visibilidade para o que realmente está acontecendo. Juntos, podemos e devemos fazer a diferença. Deixe sua opinião ou compartilhe uma experiência. Sua voz é importante!

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