
Em meio à animação vibrante do São João no Parque de Exposições, Lucas Oliveira, um jovem de 23 anos, decidiu fazer uma pausa na festa. O som dos forrós e as danças ao redor não conseguiram ofuscar sua paixão particular: atirar. Recentemente dispensado das Forças Armadas, Lucas recorda-se de uma tradição familiar que remonta à sua infância no interior da Bahia, onde o tiro era mais do que um passatempo — era parte da cultura da região.
“Atirar sempre me pareceu divertido”, conta Lucas, que encontrou nas barracas do tiro dos festejos juninos uma oportunidade de reviver esses laços. Com suas raízes em Riachão de Jacuípe, ele cresceu cercado por histórias e experiências que envolviam caça e convivência familiar na mata. Para ele, a paixão pelo tiro é uma extensão da admiração que sente pelos homens da sua família, com quem compartilhou momentos tão especiais.
“Sempre sonhei em entrar para a polícia, mas a vida tomou outros rumos”, relembra. A diversão das festividades não o deixou imune à nostalgia. “Estou solteiro, aqui para dançar e aproveitar. Não vim só para a barraca de tiro, mas sim para curtir o São João ao máximo”, afirma, com um sorriso que transparece sua alegria em aproveitar cada momento.
Enquanto o São João em Salvador continua a encantar os presentes até o dia 24, Lucas permanece na diversão, misturando memórias com novas celebrações. Sua história é um lembrete de que as tradições e as experiências moldam quem somos, e que cada risada e cada tiro na barraquinha carrega consigo um pouco da sua herança familiar.
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