
Em um cenário alarmante, o Brasil registrou em 2024 mais de 70 mil casos de pessoas desaparecidas. Essa realidade dolorosa mobiliza o Ministério da Justiça, que lançou, no dia 5 de agosto, a 3ª edição da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. Uma iniciativa vital para trazer respostas e oferecer esperança às famílias angustiantemente à procura de seus entes queridos.
A campanha, que se estenderá até o dia 15 de agosto, disponibiliza 334 postos de coleta em todo o país, onde amostras de saliva ou sangue serão inseridas em bancos de perfis genéticos. Essas amostras têm um papel crucial no cruzamento de dados com o objetivo de identificar pessoas desaparecidas.
Na edição anterior da campanha, foram coletadas 1.645 amostras e, surpreendentemente, 35 pessoas foram identificadas. O secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, enfatizou a importância do DNA: “Esse material traz uma certeza consistente e encerra a dor de milhares de famílias.” A busca por respostas é, afinal, uma questão de dignidade humana.
A ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, em colaboração com laboratórios de genética forense e delegacias especializadas. Isabel Figueiredo, diretora do Sistema Único de Segurança Pública, destacou que essa coleta de DNA é contínua, mas ganha um novo fôlego durante a campanha: “Estamos abertos para acolher as famílias com segurança, cuidado e respeito.”
Para participar, é recomendada a doação de DNA por familiares de primeiro grau, como pais, mães, filhos e irmãos. A coleta pode ser feita de maneira simples: com um cotonete ou com uma gota de sangue. Além disso, itens pessoais da pessoa desaparecida, como escovas de dentes, podem auxiliar no processo de identificação.
É necessário apresentar um documento de identidade e os dados do boletim de ocorrência do desaparecimento. Famílias que residem em locais diferentes podem doar separadamente, garantindo um registro apropriado. Aqueles que já participaram de edições anteriores não precisam repetir o processo.
O DNA coletado será utilizado exclusivamente para localizar e identificar pessoas desaparecidas. Quando uma identificação ocorrer, um laudo oficial será emitido e enviado para a delegacia responsável, que fará o contato direto com a família.
Essa é uma oportunidade de trazer respostas e alívio para quem vive a incerteza da ausência de um ente querido. Compartilhe essa informação, pois quanto mais pessoas souberem sobre essa campanha, mais vidas poderão ser impactadas. A esperança inicia com um ato simples: a doação de DNA. Vamos juntos nessa jornada!