12 setembro, 2025
sexta-feira, 12 setembro, 2025

Dono de ferro-velho acusado de matar funcionários é solto; entenda decisão

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SOLTURA

Marcelo Batista é investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel e Matusalém Silva, mas estava preso por tentar matar outras três pessoas

Leilane Teixeira

Marcelo Batista da Silva, empresário e proprietário de um ferro-velho

Marcelo Batista da Silva, empresário e proprietário de um ferro-velho –

Marcelo Batista da Silva, conhecido empresário do setor de ferro-velho em Pirajá, se tornou o centro das atenções após ser investigado pelo duplo homicídio de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz. Na última quinta-feira, 11, ele foi libertado, apesar da gravidade das acusações que pesam sobre ele.

Inicialmente, sua prisão estava vinculada a uma tentativa de homicídio contra três pessoas, duas delas ex-funcionárias de sua empresa. Essas vítimas conseguiram escapar de disparos de arma de fogo, aumentando a inquietação sobre a segurança pública na região.

O juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, responsável pela decisão, entendeu que os fundamentos que justificavam a prisão preventiva de Marcelo já não existiam, uma vez que ele já havia passado por um processo em que sua prisão foi revogada. Com isso, ele foi colocado sob medidas cautelares menos severas.

A decisão judicial ressaltou que a prisão não era mais necessária, pois não havia risco concreto para a ordem pública ou para a investigação. O Ministério Público, embora tenha solicitado a continuidade da prisão para garantir a ordem e a instrução criminal, não conseguiu sustentar seus argumentos diante do histórico judicial de Marcelo.

Recebimento da denúncia: Marcelo e Josué Xavier Pereira foram denunciados pelo homicídio qualificado, tentativa de homicídio em três ocasiões, dano qualificado e fraude processual. Um juiz confirmou que havia indícios suficientes para que o processo continuasse.

Histórico criminal: Marcelo acumula um passado perturbador com quatro homicídios, quatro tentativas de assassinato, e relatos de tortura e ameaças. Ele foi capturado durante uma operação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Salvador, e é descrito por testemunhas como mandante e executor de crimes brutais que geraram pânico na comunidade.

As vítimas de sua última investigação desapareceram no dia 4 de novembro de 2024, após trabalharem em seu ferro-velho. Há suspeitas de que tenham sido torturadas e assassinadas dentro do estabelecimento, mas seus corpos ainda não foram encontrados.

Marcelo é ainda associado a outros crimes, incluindo a morte de Adson Davi do Carmo Santos e de sua companheira, Priscila Cruz dos Santos, em um episódio que chocou a sociedade pela brutalidade.

Agora, com sua liberdade, a sociedade se pergunta: até quando o ciclo de violência irá perdurar? Quais serão os próximos passos das autoridades em relação a este caso que provoca tantas interrogações?

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