18 setembro, 2025
quinta-feira, 18 setembro, 2025

“El Químico”: a droga sintética que transforma jovens em “zumbis” em Cuba

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DROGAS

Droga sintética gera preocupação em Cuba pela sua potência e baixo custo

AFP

18/09/2025 – 12:50 h

Jovens em reabilitação da Casa de Resgate para dependentes químicos vendem croquetes

Jovens em reabilitação na Casa de Resgate para dependentes químicos vendem croquetes –

Um jovem vagueia por um parque em Havana, seus movimentos são desorientados, e seu olhar perdido retrata o impacto devastador do “el químico”, uma droga sintética que vem causando alarme nas autoridades e famílias cubanas. Esta substância, uma versão altamente viciante e mais barata que a maconha, está se espalhando rapidamente, provocando preocupação em um país onde o consumo de drogas sempre foi relativamente baixo.

Josué Ángel Espinosa, de apenas 21 anos, viveu a dor da dependência. “Não conseguia comer ou dormir sem consumir”, relata. Em busca de dormir, ele fumava até 15 cigarros com ‘el químico’. Este vício não afeta apenas os jovens nas ruas; homens e mulheres de diversas profissões, incluindo artistas e músicos, estão enfrentando a devastadora batalha contra esta substância.

A situação só piora com a crise econômica que assola a ilha, onde uma dose de ‘el químico’ pode ser adquirida por apenas 100 pesos, cerca de 1,32 reais—três vezes menos que um pacote de cigarros comum. Um especialista militar em combate às drogas revelou que a mistura pode conter ingredientes como benzodiazepínicos e até formol, tornando-a ainda mais perigosa.

Os usuários experimentam efeitos intensos e variados, apresentando desde euforia e sonolência até arritmias e convulsões. Elizabeth Céspedes, diretora de um centro de desintoxicação, alerta para a “marcha tipo zumbi” que caracteriza os dependentes, uma clara evidência do estrago que ‘el químico’ pode causar ao corpo e à mente.

Em resposta a essa ameaça crescente, iniciativas como a Casa de Resgate, fundada por um pastor evangélico, se tornaram um farol de esperança. O local oferece reabilitação gratuita, onde os jovens buscam se reerguer em um ambiente de fé e apoio comunitário. Após meses de tratamento, muitos sonham em recomeçar suas vidas, recuperando vínculos familiares e a confiança que perderam.

Os avanços são animadores, mas a luta contra ‘el químico’ está longe de acabar. A conscientização sobre os perigos dessa droga precisa se intensificar, e a solidariedade da comunidade se torna essencial para enfrentar esse desafio. As histórias de superação como a de Espinosa e outros reabilitados nos lembram que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a busca por um futuro melhor é sempre possível. Como você vê essa situação? Seus comentários são muito bem-vindos!

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