17 agosto, 2025
domingo, 17 agosto, 2025

Estudantes de Lamarão criam técnica sustentável para purificar água a partir de moringa e mandacaru

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Em um pequeno colégio de Lamarão, no coração da região sisaleira, a inovação floresceu. Alunos visionários do Colégio Estadual Dr. Jairo Azzi, guiados pela professora Djanderson Nascimento, uniram forças para resolver uma questão crítica: a escassez de água tratada. Utilizando sementes de moringa e casca de mandacaru, eles desenvolveram uma técnica sustentável de purificação da água que promete transformar realidades.

Em regiões onde a água potável é um luxo raro, essa iniciativa se destaca. A proposta surgiu da inquietação de buscar soluções viáveis para o tratamento de água turva, especialmente em locais com acesso limitado a tecnologias convencionais. Segundo a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), os resultados iniciais são promissores, com eficácia superior a 90% na remoção da turbidez, comparável aos métodos químicos tradicionais, como o sulfato de alumínio.

Djanderson explica que enquanto a moringa se encarrega de eliminar a turbidez, o mandacaru age como um potente agente bactericida, eliminando microrganismos prejudiciais. O diferencial? Essa técnica não gera resíduos tóxicos, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, em 2022, cerca de 7,7 milhões de residências no Nordeste ainda dependiam de água não tratada.

Anne Caroline, uma das estudantes envolvidas, destaca a relevância do projeto: “Queremos melhorar a qualidade de vida das comunidades no semiárido, onde a água de poços e açudes frequentemente é barrenta.” A iniciativa, além de científica, carrega um forte componente social e educacional, tendo sido bem recebida na Feira de Ciências, Empreendedorismo Social e Inovação da Bahia (Feciba), com o apoio da Secretaria da Educação do Estado (SEC).

O próximo passo da equipe é expandir os testes e disseminar esta técnica inovadora para que mais localidades no semiárido baiano possam se beneficiar. Esta proposta é um marco na série Bahia Faz Ciência, uma iniciativa da Secti que destaca projetos científicos emergentes, mostrando que a educação pode ser um catalisador de mudanças significativas nas comunidades.

Que outros projetos inovadores você gostaria de ver surgindo em sua região? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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