
O futuro da biodiversidade no entorno do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia, está em grave risco. Um estudo recente assinado por 13 cientistas brasileiros revelou que quatro dos dez habitats analisados não dispõem de nenhum mecanismo de preservação. Essa pesquisa, publicada na respeitada revista Ocean and Coastal Research, destaca a urgência de ampliação das Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) naquela região, essencial para a sustentabilidade do ecossistema marinho.
A pesquisa identificou locais com alta biodiversidade, demonstrando a importância crítica de proteger áreas onde espécies únicas e ameaçadas vivem. Os cientistas, sob a coordenação do pesquisador Guilherme Fraga Dutra, ressaltam que a responsabilidade pela conservação desses habitats deve ser compartilhada entre os governos federal e estadual, garantindo um planejamento eficaz e a criação de medidas de proteção robustas.
Dutra enfatiza que Abrolhos abriga a maior diversidade de vida marinha do Atlântico Sul, incluindo os maiores recifes de coral do Brasil e a concentração mais significativa de baleias jubarte. Proteger essa região não apenas favorece a biodiversidade local, mas também se alinha às metas globais propostas pela ONU, que prevê a proteção de 30% dos ecossistemas até 2030.
A pesquisa ainda traz à tona a preocupante situação das buracas, formações geológicas exclusivas do Abrolhos, que permanecem fora das áreas protegidas. Outros habitats, como os recifes profundos e bancos de rodolitos, também estão gravemente ameaçados, com uma grande parte de suas áreas não protegidas. Além de catalogar essas zonas, o estudo levantou a distribuição de 546 espécies marinhas, sendo que 134 estão em risco de extinção.
A necessidade de ação imediata nunca foi tão clara. O destino da biodiversidade na região dos Abrolhos depende de medidas decisivas. O que você pensa sobre essa questão urgente? Compartilhe suas ideias nos comentários e ajude a levantar essa discussão vital!