12 agosto, 2025
terça-feira, 12 agosto, 2025

Governo Trump corta verba e ameaça vacinas contra câncer e HIV

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Pesquisas que desenvolvem vacinas contra doenças como câncer, HIV, Zika estão em risco

As perspectivas de avanços na luta contra doenças devastadoras como câncer, HIV e Zika estão agora ameaçadas. Recentemente, a administração de Donald Trump decidiu cortar o financiamento para pesquisas de vacinas baseadas em RNA mensageiro (mRNA), uma tecnologia considerada revolucionária, especialmente testada durante a pandemia de covid-19. Em um momento de incerteza, essa decisão pode ser um retrocesso grave, colocando a saúde de muitos em risco.

As vacinas de RNA mensageiro, como as desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer e Moderna, mostraram-se eficazes em tempo recorde, ajudando a salvar vidas e reduzir hospitalizações mundialmente. No entanto, em um movimento que surpreende especialistas, o governo agora se volta para vacinas de vírus inativado — uma tecnologia mais antiga que apresenta limitações significativas, especialmente para pessoas em situações vulneráveis, como imunodeprimidos e gestantes.

Jean Gorinchteyn, um infectologista e secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, enfatiza que as vacinas inativadas não são adequadas para os grupos mais necessitados. Embora sejam mais baratas e mais fáceis de armazenar, essas vacinas exigem reforços frequentes e produzem respostas imunológicas limitadas. Em contraste, as vacinas de mRNA oferecem uma alternativa mais robusta, mas agora encontram resistência em um ambiente político permeado por desinformação.

A decisão do governo, segundo a infectologista Luana Araújo, reflete uma perigosa combinação de desinformação e ideologia que ignora o progresso científico. Ela considera a medida como uma afronta à saúde pública, negando os avanços da ciência e colocando em risco o futuro de novas descobertas. Além disso, essa postura pode reforçar o movimento antivacina, que já tem ganhado força nos Estados Unidos.

Stephen Stefani, oncologista, alerta para o impacto que a hesitação provocada por líderes estatais tem sobre a confiança pública e o investimento em pesquisa. A narrativa de que as vacinas de mRNA seriam instáveis ou inseguras já foi desmentida por órgãos de saúde como a FDA e a OMS. Fernando de Moura, oncologista da BP, afirma que não há evidências científicas que apoiem tais alegações, classificando-as como desinformação.

A incerteza que paira sobre o futuro das pesquisas é alarmante. Não está claro se os estudos em andamento serão interrompidos ou se o impacto será restrito a novos projetos. O oncologista Moura aponta que a falta de financiamento pode atrasar tratamentos fundamentais para pacientes já em tratamento, prolongando seu sofrimento.

Essa situação evidencia a importância de um debate informado e baseado em evidências sobre vacinas e saúde pública. A comunidade científica e a sociedade em geral precisam se unir para defender os avanços que salvaram vidas e continuar suas pesquisas sem retrocessos. O que você pensa sobre essa decisão? Compartilhe sua opinião nos comentários e envolva-se nessa discussão vital!

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