O cenário da gripe aviária no Brasil acaba de ganhar novos contornos. Nesta terça-feira, 22, o governo da Bahia, liderado por Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou a prorrogação do estado de emergência zoossanitária por mais seis meses. Essa é a segunda medida do tipo desde o início do ano, reafirmando a vigilância diante da ameaça do vírus H5N1 de alta patogenicidade.
A decisão vem ao encontro da necessidade de proteger as aves silvestres migratórias e de subsistência, particularmente em uma região como a Bahia, que integra uma das rotas migratórias mais importantes do continente. Locais como Mangue Seco, Baía de Todos-os-Santos e Ponta do Curral são pontos estratégicos para a migração dessas aves, tornando a Bahia um verdadeiro portal para a biodiversidade aviária.
Embora o estado esteja sob alerta, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB) tranquiliza a população: até o momento, não há registros de casos suspeitos ou confirmados no estado. O primeiro caso do vírus no Brasil foi registrado no Espírito Santo, mas as infecções em humanos são raras, conforme dados do Ministério da Saúde. Em 2022, o CDC reportou 61 casos nos Estados Unidos, a maioria relacionados a profissionais de granjas avícolas.
É crucial que a população mantenha cautela. A transmissão do vírus para humanos só ocorre através de contato próximo com aves infectadas. Assim, as autoridades recomendam que as pessoas evitem manipular aves encontradas mortas ou debilitadas, garantindo, assim, a segurança de todos.
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