8 DE JANEIRO
Ministro da Fazenda critica anistia aos envolvidos em atos golpistas

Ministro Fernando Haddad –
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Na última quarta-feira, 3, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua profunda preocupação com as pressões em torno da anistia aos condenados pelos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Em uma participação no programa “Brasil do povo com Datena”, da RedeTV, ele destacou o cenário alarmante da política atual, onde figuras proeminentes, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestam desconfiança nas instituições democráticas.
Haddad não hesitou em criticar a mobilização de partidos ultraconservadores no Congresso, afirmando: “Fico preocupado quando vejo uma tentativa de se perdoar quem tentou um golpe de Estado.” A sua declaração ocorre após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, ter cedido às pressões dos bolsonaristas para colocar o projeto de anistia em pauta.
Durante a reunião em Brasília, Tarcísio de Freitas se encontrou com líderes políticos que, segundo Motta, estão cobrando a votação do projeto. “Vamos conversando… Aumentou o número de líderes pedindo”, revelou Motta, evidenciando a crescente pressão política ao redor do tema.
Neste contexto, Haddad expressou sua inquietação em relação à democracia brasileira durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). “Infelizmente, acordei preocupado com o futuro dos meus filhos em um país onde as liberdades democráticas parecem ameaçadas”, desabafou.
Se o PL da Anistia avançar, a votação está marcada para o dia 12 deste mês, coincidindo com o término do julgamento de Bolsonaro na Corte. O projeto, apresentado pelo ex-deputado federal Vitor Hugo, busca anistiar uma ampla gama de participantes dos protestos, incluindo manifestantes e caminhoneiros, por atos ocorridos entre 30 de outubro de 2022 e a entrada em vigor da nova lei.
A proposta provocou um acirrado debate público sobre a integridade das instituições democráticas e os limites do perdão em um sistema político dividido.
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