Em uma decisão marcante, a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) condenou uma clínica estética do bairro da Pituba, em Salvador, a indenizar uma ex-funcionária em R$ 10 mil por danos morais. A biomédica, que trabalhou na Clínica de Emagrecimento Lúcia Cruz LTDA, viveu uma situação de assédio moral que a levou a ser coagida a pedir demissão.
Durante sua experiência na clínica, a profissional enfrentou humilhações constantes, sendo ofendida de forma pejorativa, com comentários sobre seu corpo e a pressão para se vestir de maneira que ocultasse sua silhueta. Ela foi chamada de “gorda” repetidamente, o que agravou ainda mais seu sofrimento emocional e constrangimento diante de colegas e clientes.
Diante desse cenário opressivo, a biomédica tomou a corajosa decisão de entrar com uma ação na justiça, buscando não apenas a anulação do pedido de demissão, mas também uma reparação pelo assédio que suportou. A juíza da 26ª Vara do Trabalho de Salvador reconheceu o comportamento abusivo da instituição e determinou o pagamento da indenização, classificando sua saída como uma dispensa sem justa causa.
A clínica, em sua defesa, não compareceu à audiência, o que resultou na revelia, onde os fatos alegados pela funcionária foram aceitos como verdadeiros. O desembargador Renato Simões, seguindo a linha de raciocínio da juíza, defendeu a manutenção da sentença, com o apoio unânime dos demais desembargadores envolvidos no caso.
Esta decisão não apenas representa uma vitória pessoal para a ex-funcionária, mas também reforça a importância de um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. Casos como este são um alerta sobre a necessidade de combater o assédio moral e a discriminação em todas as suas formas. Deixe sua opinião nos comentários sobre o que você pensa sobre este caso!