Na manhã desta quarta-feira (25), a tranquilidade de um condomínio de alto padrão em Fortaleza foi quebrada por uma operação policial que culminou na prisão de Marivan Elias da Silva, mais conhecido como “Kila”. Com 39 anos, Kila é o destacado líder de uma organização criminosa que atua em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Utilizando a identidade falsa de “Nicolas da Silva”, ele foi surpreendido por equipes das Polícias Civis da Bahia e do Ceará, que cumpriram um mandado de prisão contra ele.
A busca por Kila não é recente. Ele integrava o “Baralho do Crime” da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), ocupando a carta “Valete de Paus”, que designa os criminosos mais procurados do estado. Com dois mandados de prisão preventiva a seu nome, expedidos pela Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Camaçari, seu caso chamou a atenção das autoridades de segurança.
Marivan é investigado por sua conexão com homicídios brutais. Um deles ocorreu em janeiro, quando Filipe Oliveira Barbosa dos Santos, de apenas 16 anos, foi assassinado em Burissatuba. A motivação para o crime foi uma disputa de território no tráfico de drogas, supostamente ordenada por Kila e um comparsa.
Outro caso, que choca pela crueldade, envolve um duplo homicídio de dezembro de 2021, em que Isaque Santos da Silva e Keven Silva Moreira, de 19 e 21 anos, foram sequestrados, torturados e mortos. O motivo? Um furto de bicicleta, pertencente a um membro do grupo criminoso. Esses dois capítulos trágicos são um reflexo da violência latente provinda da luta pelo controle do tráfico na região.
A operação que resultou na captura de Kila foi uma ação conjunta da 4ª Delegacia de Homicídios (DH/Camaçari) e da Coordenação de Operações e Inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Contou ainda com o apoio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco) e do Departamento de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), ambos da Polícia Civil do Ceará, demonstrando a seriedade e a colaboração entre os estados no combate ao crime.
O desfecho desta prisão não é apenas mais um número no boletim de ocorrências; é um alerta sobre a complexidade do crime organizado e a necessidade de união em prol da segurança pública. O que você pensa sobre a luta contra as facções criminosas em nosso país? Compartilhe sua opinião nos comentários!