Em um marco na engenharia, a construção do maior túnel imerso do mundo está em andamento, utilizando uma técnica revolucionária que teve suas origens no Brasil. Este projeto colossal conecta Dinamarca e Alemanha, cruzando 18 quilômetros sob o Mar Báltico, e visa redefinir a mobilidade entre os dois países, enquanto minimiza impactos ambientais e custos. Enquanto isso, o Brasil, por sua vez, se prepara para a construção de seu primeiro túnel imerso, que ligará as cidades de Santos e Guarujá, com 870 metros de extensão.
Diferente de um túnel escavado, como o famoso que une os lados do Canal da Mancha, essa obra inovadora utiliza módulos pré-fabricados. Esses blocos são colocados em uma vala cavada no fundo do mar, permitindo uma construção mais rápida e eficiente, sem a necessidade de grandes maquinários de perfuração. Essa técnica não apenas reduz o impacto ambiental, mas também pode ser mais econômica, dependendo do projeto.
Os módulos que compõem o túnel europeu medem impressionantes 217 metros de comprimento, 42 metros de largura e 9 metros de profundidade, pesando cerca de 73 mil toneladas. Para sua construção, foi criada uma fábrica em Rødbyhavn, com 220 hectares dedicados exclusivamente ao projeto. A previsão é que a imersão da primeira estrutura ocorra até 2029, o que promete ser um espetáculo à parte.
Denise Juchem, porta-voz da Femern A/S, destaca a complexidade do processo: “Estamos testando embarcações especialmente projetadas para o projeto”. Com a parte em terra da obra concluída, o caminho está se preparando para a ligação em baixo d’água.
No Brasil, o túnel entre Santos e Guarujá não fica atrás em inovação. Com investimento de R$ 6 bilhões, seis módulos pré-moldados passarão por um rigoroso processo de teste antes de serem submersos para instalação. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou que esta ligação deverá estar pronta em 2026, trazendo novas oportunidades para a região.
À medida que esses ambiciosos projetos tomam forma, observamos uma evolução significativa na forma como conectamos pessoas e lugares, sem sacrificar o meio ambiente. O futuro da mobilidade está se delineando, e há muito a discutir sobre os impactos dessas obras em nossas vidas. O que você acha dessas inovações? Deixe sua opinião nos comentários!