Vivendo sob a Sombra: O Trajetório de “Mijão” no Mundo do Crime

Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão” ou “Xixi” –
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Sérgio Luiz de Freitas Filho, um dos criminosos mais procurados do Brasil, ocupa um lugar de destaque na lista de foragidos. Acusado pelo Ministério Público de São Paulo como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), ele se esconde na Bolívia há mais de dez anos, vivendo sob uma nova identidade, enquanto controla operações internacionais de tráfico de cocaína.

Mijão apresentou uma certidão de nascimento falsa às autoridades da Bolívia.
Nascido em Campinas, São Paulo, Sérgio começou sua vida profissional em uma metalúrgica aos 14 anos, antes de se tornar sócio de uma pequena empresa de usinagem. No entanto, sua trajetória tomou um rumo sinistro ao se tornar um dos principais gestores financeiros do PCC, responsável por orquestrar pagamentos e controlar os recursos da facção.
Hoje, vivendo em Santa Cruz de La Sierra, Sérgio leva uma vida luxuosa, cercado por segurança e aproveitando os benefícios de um estilo de vida clandestino. Ele mantém um restaurante, onde interage com outros narcotraficantes e conduz negócios, disfarçado como um empresário comum. Sob a identidade de Sérgio Noronha Filho, ele se casou com uma cidadã boliviana, passou a ter nacionalidade local e conquistou documentos oficiais falsos, permitindo sua permanência sem ser detectado.
As investigações revelam que Sérgio foi enviado à Bolívia por Gegê do Mangue, outro líder do PCC, para supervisionar a exportação de cocaína ao Brasil. Entre 2018 e 2019, sua rede movimentou mais de R$ 1 bilhão. Durante esse tempo, ele frequenta bares e restaurantes, desfrutando de festas e momentos em família, sempre fora do alcance das autoridades.
Além de seu império no tráfico, “Mijão” é mencionado em investigações como o arquétipo do atentado. Recentemente, o Ministério Público o vinculou a um plano para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco, que investiga crimes do PCC e lavagem de dinheiro em veículos de luxo. Relatórios policiais indicam que carros e armas foram adquiridos, e atiradores contratados, além de um levantamento detalhado sobre a rotina do promotor.
Santa Cruz de La Sierra, velha conhecida por abrigar líderes do PCC como Gegê do Mangue e Tuta, permanece um ponto estratégico para traficantes brasileiros. Apesar das operações internacionais e constantes ameaças de captura, Sérgio continua a militar em um cenário organizado, controlando a logística da facção e se mantendo distante das garras das autoridades brasileiras e bolivianas.
A intrigante história de “Mijão” nos faz refletir sobre as facetas do crime organizado e como personagens como ele permanecem no jogo, manipulando identidades e poder à margem da lei. O que você acha da atuação desse criminoso no exterior? Compartilhe sua opinião nos comentários!