23 julho, 2025
quarta-feira, 23 julho, 2025

MST ocupa unidade da Ceplac em Itabela e cobra retomada de acordo com governo federal

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Ocupação MST Ceplac

Cerca de 340 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão em uma ocupação pacífica na Estação de Zootecnia do Extremo Sul da Bahia, localizada em Itabela, na Costa do Descobrimento. A mobilização, que começou na terça-feira (22), segue firme nesta quarta-feira (23), superando as 24 horas de protesto, conforme informações divulgadas.

A razão para a ocupação é a reinvindicação da retomada de um acordo com o governo federal que visa a destinação de terras para reforma agrária. A estação, administrada pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e de propriedade federal, já foi ocupada outras duas vezes pelo MST, em 2022 e 2024, evidenciando uma luta contínua por justiça agrária.

Os manifestantes lembram que o acordo interrompido tinha como foco a destinação de áreas improdutivas ou sem função social para assentamentos rurais. As negociações envolvem não apenas a Ceplac, mas também o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

No entanto, a ocupação trouxe desafios para as operações da Ceplac. Funcionários relataram danos à infraestrutura, como cercas cortadas e modificações nas instalações elétricas, resultando em curtos-circuitos e comprometendo equipamentos essenciais. Ademais, o acesso dos servidores à unidade está bloqueado, o que afeta seriamente as pesquisas em andamento.

A Estação de Zootecnia é um centro de referência internacional, com pesquisas direcionadas à mitigação de gases de efeito estufa, manejo de pastagens e estoque de carbono no solo, colaborando com instituições acadêmicas de renome no Brasil, Estados Unidos e Canadá. A interrupção de acesso compromete não apenas os trabalhos científicos, mas também representa um risco real de perda de dados e avanços alcançados.

Até o momento, não há previsão para desocupação do local. A situação continua a se desenrolar, e o futuro das discussões sobre reforma agrária e acesso à terra permanece incerto. O que você pensa sobre esta ocupação e a questão da reforma agrária no Brasil? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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