O cenário político em Salvador se agita com a iminente reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal, agendada para quarta-feira, 27. O foco das atenções é o vereador Hamilton Assis, do PSOL, que enfrenta um pedido de cassação. Este pedido, originado por um cidadão comum, Pedro Ivo Rodrigues Cortes, surge após a confusão gerada pela invasão de servidores ao Centro Cultural durante uma sessão no dia 22 de maio, que resultou na agressão de dois colegas vereadores.
A problemática ganha contornos mais complexos à medida que o colegiado discute as consequências da invasão e as possíveis sanções ao vereador. O presidente do conselho, Alexandre Aleluia (PL), espera a entrega da defesa de Assis, que terá prazo até 1º de setembro para se manifestar. “A reunião vai acontecer sem a defesa” afirmou Aleluia, destacando que, enquanto isso, outros assuntos seriam tratados.
O vereador Assis, abordado pela imprensa, expressou que não esteve presente na invasão e se declarou vítima de uma “perseguição política.” Ele argumenta que a situação reflete a dificuldade de se aceitar vozes dissidentes dentro do legislativo. Sua solicitação por bom senso e uma análise justa também foi enfatizada em discurso na Câmara.
Ao longo do processo, o documento de cassação passa por uma tramitação rigorosa: notificação ao gabinete do vereador, coleta da defesa e análise do colegiado. Após isso, a votação em plenário determinará o futuro de Assis. Há conjecturas sobre possíveis sanções, com alguns vereadores defendendo ações contra ele, considerando ligações de sindicatos com o PSOL.
O denunciante fundamenta a representação em três pontos cruciais: negligência ao desdenhar da situação, desinformação ao afirmar falsamente que a sessão ocorreu em caráter secreto, e recusa em dialogar durante a crise. Esses elementos se apoiam na legislação que regula a conduta parlamentar.
O presidente da Câmara, Carlos Muniz, assegurou que o processo respeitará os direitos do vereador, garantindo que a defesa será integralmente considerada. Enquanto a situação se desenrola, o episódio da invasão permanece na memória pública, onde a tensão entre servidores e vereadores gerou repercussões significativas.
A história se desenrola no cenário político da cidade, trazendo à tona não apenas questões de conduta, mas também o respeito à diversidade de opiniões. Qual será o destino de Hamilton Assis? Acompanhe os desdobramentos e compartilhe suas opiniões sobre este caso polêmico!