3 setembro, 2025
quarta-feira, 3 setembro, 2025

ONU alerta para tortura em guerra entre Rússia e Ucrânia

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Agência Brasil

Em meio a um dos conflitos mais devastadores da atualidade, a guerra entre Rússia e Ucrânia, surgem relatos alarmantes. Alice Jill Edwards, relatora especial da ONU sobre Tortura, expõe a realidade aterradora de tortura e maus-tratos de prisioneiros, já incorporados à estratégia militar de ambos os lados. Em entrevista exclusiva, ela destaca a importância de um acordo de paz que não apenas aborde a segurança territorial, mas também a reparação às vítimas dessas atrocidades.

A especialista, que teve a oportunidade de visitar a Ucrânia, afirma que as táticas de tortura utilizadas no conflito são profundamente enraizadas e sistemáticas. Segundo seus relatos, métodos brutais como eletrochoques, abuso físico e psicológico, além de torturas emocionais, estão se tornando uma norma cruel entre as forças envolvidas. A ONU já documentou casos de prisioneiros submetidos a “cerimônias de humilhação”, que vão de abusos físicos à tortura psicológica, como simulações de execuções.

Alice Edwards menciona que tanto a Rússia quanto a Ucrânia são signatárias das Convenções de Genebra, que garantem direitos humanos e dignidade em situações de guerra. Apesar dessa responsabilidade, a realidade no campo de batalha é outra. Ela ressalta que as brutalidades não são ações isoladas, mas uma parte engrenada da guerra. As alegações de tortura por forças ucranianas contra prisioneiros russos também geram preocupações que precisam ser investigadas.

Edwards ainda observa a diferença no acesso a prisioneiros entre os dois países: enquanto na Ucrânia ela pôde visitar locais de detenção livremente, a Rússia se negou a permitir visitas. “A Federação Russa recusou meus pedidos de visita a áreas ocupadas pela Rússia ou ao próprio território russo”, comenta a relatora, destacando a abertura feita pelas autoridades ucranianas.

Em tempos de guerra, a rígida proibição da tortura deve ser respeitada. Alice destaca que, independentemente das circunstâncias, atos de violência são crimes de guerra e, quando sistemáticos, crimes contra a humanidade. A busca por justiça e reparação deve estar no cerne das discussões de paz, não apenas para restaurar a segurança, mas também para curar as feridas abertas por essas violências.

À medida que as nações buscam um caminho para a paz, a relatora enfatiza que a investigação de violações deve ser uma prioridade e não uma consideração secundária. O compromisso com a verdade e a justiça é vital para reestabelecer a confiança e permitir a reparação das vítimas.

A guerra que começou em 2022 se fundamenta em uma complexa teia de disputas históricas, influências geopolíticas e a resistência da Ucrânia contra a invasão russa. À medida que as tensões aumentam, não apenas as potências globais intervêm, mas o destino de milhões de vidas está pendente de um fio. Os desencontros territoriais permanecem como um dos principais obstáculos para um cessar-fogo duradouro.

Convidamos você a compartilhar suas opiniões sobre a situação na Ucrânia e na Rússia. A sua voz é importante e essencial para manter viva a discussão sobre direitos humanos e justiça durante e após os conflitos. O que você pensa que deve ser feito para garantir a paz e a reparação às vítimas?

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