
Na madrugada de 28 de agosto de 2025, a Operação Carbono Oculto, a maior já realizada contra a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis, mexeu com os alicerces do crime organizado em São Paulo. Mobilizando uma força-tarefa com 1.400 agentes de diversas instituições, como o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Polícia Federal e Receita Federal, a operação atuou em oito estados, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, visando desmantelar um esquema criminoso audacioso que ameaçava a segurança pública.
O coração da operação pulsou na Avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos maiores centros financeiros do Brasil, onde 42 mandados foram cumpridos. Escritórios de fundos de investimento e corretoras, como Reag Investimentos e Banco Genial, estavam entre os alvos, revelando a profundidade da infiltração do PCC nas estruturas econômicas do país.
As investigações revelaram uma intricada teia de associações entre o PCC e uma rede de empresas que controlavam toda a cadeia de combustíveis. Desde a importação clandestina de metanol, até a adulteração de gasolina e etanol, os perigos desse esquema não se limitavam à economia. A saúde e o meio ambiente também estavam em risco, com metanol sendo transportado de forma irregular, acompanhado de notas fiscais fraudulentas.
Os laranjas e as fintechs atuavam como verdadeiros bancos paralelos, movimentando impressionantes R$ 46 bilhões entre 2020 e 2024. A operação ainda resultou na apreensão de 141 veículos, bloqueio de R$ 1 bilhão em bens e identificação de R$ 7,6 bilhões em sonegação de tributos.
O impacto da Carbono Oculto foi reconhecido por autoridades como o ministro da Justiça, que a classificou como a “maior da história brasileira” para combater o crime organizado. Em um contexto onde o mercado de combustíveis gera anualmente R$ 61,5 bilhões para o crime, essa operação emblemática busca desarticular redes que antes pareciam intocáveis.
Essa ofensiva não é apenas um marco na luta contra o crime organizado; é um chamado à ação. O que você pensa sobre a infiltração do PCC nas estruturas financeiras do Brasil? Compartilhe sua opinião!