Em meio ao cenário agitado da política baiana, algo curioso se desenha: a sorriso aberto de Mário Negromonte Jr., presidente estadual do Progressistas, ao lado do ministro Rui Costa e do governador Jerônimo Rodrigues. Essa cena, marcada por um ar de descontração, acontece na mesma semana em que a federação União Progressista demonstrou seu poder ao causar uma derrota considerável para o governo Lula no Congresso. Um verdadeiro desfile de ironias que traz à luz a complexidade do governismo extremo.
A falta de constrangimento em transitar entre campos tão opostos é quase uma norma para o Progressistas. A adesão de deputados estaduais ao governo Jerônimo é antiga, mas ver um parlamentar que votou contra uma medida crucial para Lula, como a derrubada do IOF, posando feliz ao lado de petistas é, no mínimo, provocador. Às vezes, a política deixa de ser um jogo de lealdades para se transformar em um espetáculo de conveniência.
A campanha de 2022 já deixava claro que Mário Jr. não tem preocupações em compartilhar palanque com adversários. Em Ipiaú, foi flagrado em situações semelhantes, revelando que nem as allegações partidárias importam quando o objetivo é manter a base mobilizada para as urnas. Uma estratégia eficaz, sem dúvida, mas que lança uma sombra de incongruência sobre a política brasileira, repleta de descompassos.
O vale-tudo político se estende aos petistas presentes na mesma cena. Rui Costa, que criticou a ação dos congressistas na votação que derrubou o aumento do IOF, se mostrou surpreendentemente amável ao lado de Mário Jr. Como se a derrota recente fosse um mero episódio esquecido. A empatia é uma coisa, mas sorrir para as câmeras em momentos tão delicados é outro patamar, não acha?
E quanto ao governador Jerônimo, seu discurso de união parece desvanecer diante de episódios controversos. O seu silêncio em casos como o de Binho Galinha ou na Operação Overclean contrasta com a postura reativa que o PT teve quando opositores foram envolvidos. Essa dualidade é no mínimo intrigante, especialmente para quem busca coerência em meio ao caos.
O Brasil, e especialmente a Bahia, é um verdadeiro espetáculo de contradições. Celebrar a alegria enquanto as dificuldades se acumulam é como dançar em um bacanal político onde a razão muitas vezes fica de fora. Convido você a refletir sobre essas incongruências. O que pensa sobre essa cena política? Deixe sua opinião nos comentários e vamos continuar essa conversa!