23 setembro, 2025
terça-feira, 23 setembro, 2025

Paciente que esperava 5 órgãos do mesmo doador é selecionado

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BRASIL

Após quatro anos de tratamentos intensivos, paciente finalmente encontra doador compatível

Luan Julião

Arquiteto Luiz Perillo de 35 anos

Arquiteto Luiz Perillo de 35 anos –

A vida de Luiz Perillo, um arquiteto de 35 anos de Brasília, passou por uma transformação emocionante. Após quatro longos anos vivendo entre tratamentos e a expectativa de um transplante, ele finalmente teve a notícia que poderia mudar seu destino. Após intensas internações e um regime rigoroso de hemodiálises e nutrição parenteral, Luiz foi chamado para um procedimento de transplante multivisceral, um dos mais complexos da medicina.

A operação, realizada em São Paulo no dia 23, foi ainda mais notável pelo fato de que todos os cinco órgãos necessários — fígado, estômago, intestino, rim e pâncreas — vieram de um único doador. Essa coincidência é crucial para minimizar os riscos de rejeição, um fator que promete um novo começo para Luiz.

Desde jovem, Luiz enfrentou o desafio da trombofilia, uma condição que compromete sua circulação e, com o tempo, levou à falência múltipla dos órgãos. Em 2021, ele entrou em um ciclo de internações que durou mais de dois anos. Contudo, sua determinação foi admirável: “Ele sabia que precisava ter a saúde mais forte possível para enfrentar o transplante”, revelou sua mãe, Jussara Martins, que acompanhou de perto a incansável preparação do filho.

Recentemente, o cenário dos transplantes multiviscerais no Brasil mudou significativamente. Até fevereiro, esses procedimentos não eram oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), deixando muitos pacientes sem alternativas viáveis. Com uma nova política do Ministério da Saúde, agora cinco hospitais em todo o país estão habilitados a realizar o transplante, trazendo esperança a muitos que aguardam por uma chance.

Com essa recente cirurgia, Luiz se torna parte de um pequeno grupo de brasileiros que receberam transplantes multiviscera­is. Embora o país tenha realizado cerca de 9,4 mil transplantes em 2024, apenas dois foram desta natureza, e outros seis pacientes ainda aguardam um doador compatível.

Casos como o de Luiz só são possíveis porque famílias generosas optam pela doação de órgãos. No Brasil, essa decisão é tomada pelos parentes próximos, mas há formas de formalizar a vontade em vida. É possível registrar essa intenção no verso do novo RG ou por meio do site www.aedo.org.br, onde o cadastro é gratuito e realizado via videoconferência com um cartório.

O desejo de um futuro promissor e a luta pela vida nos ensinam sobre a importância da solidariedade e da doação. Se esta história tocou você, compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a disseminar a importância da doação de órgãos. Juntos, podemos criar um legado de esperança!

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