1 setembro, 2025
segunda-feira, 1 setembro, 2025

Parques eólicos, rodovias e ferrovias avançam sobre territórios quilombolas na Bahia com aval de Inema e Ibama

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Parques eólicos e territórios quilombolas na Bahia

Nos últimos anos, a Bahia se tornou palco de um intenso avanço na infraestrutura, com projetos que impactam diretamente os territórios quilombolas. Entre 2013 e 2024, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) licenciou 39 empreendimentos nessas áreas, sendo 10 dedicados à energia eólica. Já o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou intervenções em 21 territórios quilombolas, que incluem rodovias e ferrovias. Essa expansão tem gerado preocupações entre especialistas e defensores dos direitos territoriais.

Entre os projetos de energia eólica estão o Complexo Eólico Alto Sertão III e o Parque Eólico Ventos de Santa Eugênia, localizados em cidades baianas como Caetité, Morro do Chapéu e Gentio de Ouro. O Complexo Eólico Assuruá é um dos mais expressivos, com 95 aerogeradores e capacidade de 532 MW, refletindo o potencial da região na geração de energia renovável.

Do lado federal, o Ibama também tem atuado intensamente, licenciando intervenções em 21 territórios quilombolas, incluindo a construção e revitalização de importantes rodovias. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) se destaca, com diversas licenças emitidas desde 2011, ligando municípios como Ilhéus e Brumado. Recentemente, o Governo da Bahia contratou uma empresa para elaborar um plano ambiental para o Porto Sul, um terminal que promete ser crucial no escoamento de produtos da região.

Entretanto, as obras da Fiol, parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), enfrentaram desafios. Em abril de 2025, a construção do trecho que conecta Caetité a Ilhéus foi suspensa, mesmo com 75% do projeto concluído. Até agora, as estruturas construídas incluem acessos e canteiros, sem a realização da completa transformação prometida.

Outro projeto significativo é o Canal do Xingó, que busca garantir o abastecimento de água para regiões afetadas pela seca na Bahia e Sergipe. Com um custo de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, essa obra tem o potencial de transformar a agricultura local e melhorar a qualidade de vida das comunidades.

O que tudo isso representa para as comunidades quilombolas? O equilíbrio entre o crescimento econômico e a preservação dos direitos territoriais é fundamental. Como você vê a relação entre desenvolvimento e proteção das tradições culturais e ambientais? Deixe sua opinião nos comentários!

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