Aos 50 anos, descobri algo surpreendente: o número do meu pé não é 41, mas 42. Uma simples visita a uma loja no interior me forçou a experimentar um calçado levemente maior. O resultado? Descobri o conforto em cada passo. Essa mudança aparentemente pequena revelou um grande aprendizado — muitas vezes, o que conhecemos como certo pode estar completamente errado.
Recentemente, resolvi mudar a data do meu aniversário. Não sou um entusiasta das comemorações e sempre escondi essa data em minhas redes sociais. Para mim, o verdadeiro motivo para celebrar deve ser um pagamento recebido ou uma alegria do presente, algo para se aproveitar quando acontece. Mas percebi que também é possível celebrar a vida de maneira leve e significativa.
Nasci às 18h do dia 1º de julho, mas, refletindo sobre isso, percebi que o dia 2 traz algo especial. É um dia iluminado, marcado por festas nas ruas de Salvador em celebração à Independência do Brasil na Bahia. A cidade se enche de vida: imensas concentrações de estudantes, famílias e fotógrafos entrelaçam-se em meio a desfiles vibrantes.
Assim, decidi que a minha celebração ocorre no dia 2, entrelaçado na multidão de artistas, desportistas e devotos. Renovo minhas energias naquele cortejo repleto de cores e sons, onde sinto a força da cultura pulsar ao meu redor.
Enquanto isso, aproveito para simplificar minha vida digital. Decidi acessar minhas redes sociais apenas uma vez por semana, como quem visita um supermercado atacadista: com a expectativa de ver novidades mínimas. Minha presença online agora se resume em dar um “olá” e deixar um recado para as boas lutas de quem lembro.
Chegando em uma fase onde as semanas parecem se arrastar, apercebo-me de que o ano está se esvaindo. Quero me distanciar de polêmicas vazias e escândalos fabricados que dominam a nossa atenção. Anseio por um regresso ao presencial, à realidade: uma missa em uma igreja antiga, um filme de terror às quartas, uma viagem a uma cidade que nunca conheci. Essas experiências estão me trazendo um novo vigor.
Com o passar do tempo, as marcas na minha pele se tornam mais evidentes. Tenho um creme para rugas e uma solução natural para a calvície, mas muitas vezes esqueço de usá-los. O que realmente importa é como essas etapas da vida são contadas por meio das cicatrizes e experiências que nos moldam.
Hoje, mais do que nunca, sigo em frente, refletindo sobre as incertezas e belezas do que está por vir. Não há necessidade de pressa: mais tarde, quem sabe, me debruçarei sobre o que preciso cuidar.
E você, já pensou em como as datas marcam sua vida? Compartilhe nos comentários suas experiências ou reflexões sobre as mudanças que tornaram sua jornada mais leve!